Desembargador Arquilau Melo abre II Semana Euclidiana do Acre

RIO BRANCO, AC – O desembargador Arquilau de Castro Melo abriu às 19 horas de ontem no Anfiteatro Garibaldi Brasil, às 19 horas, a II Semana Euclidiana do Acre – uma homenagem ao “imortal” escritor Euclides da Cunha, apontado como o único cientista social brasileiro a fazer uma das leituras mais profundas sobre a sociedade seringueira no Estado do Acre. Euclides chefiou missões brasileiro-peruanas, em 1904, após ser nomeado pelo Barão do Rio Branco, tendo demarcado as fronteiras que até hoje se conhecem entre Brasil-Peru-Bolívia. As nascentes do Purus foram identificadas também por Euclides da Cunha, que faleceu quatro meses após a expedição á Amazônia, sem ter tido tempo para publicar sua interpretação mais fiel sobre o que chamaria de “Um paraíso Perdido”. A obra foi reescrita a partir de cartas deixadas pelo escritor na obra “Á margem da História”, considerada ainda incompleta e inexata. “Euclides da Cunha precisa ser incorporado definitivamente na História do Acre”, defendeu Arquilau de Castro Melo, que também é jornalista. A II Semana Euclidiana tem uma programação que vai até a próxima quarta-feira, e inclui um ciclo de palestras direcionada á sociedade em geral e, em especial, aos acadêmicos de três universidades particulares e da Ufac. Os acadêmicos passarão por minicursos, com a obrigação simbólica de serem testados em seus conhecimentos sobre os temas a ser abordados. Os palestrantes são a professora de Literatura Brasileira, Maria Olívia,que também é doutora de teorias e críticas da Universidade Paulista de Rio Claro (SP); e o historiador e pesquisador Nicola de Souza, que falará sobre a influência das obras de Euclides da Cunha na literatura do país e do mundo. Na época, há mais de dez décadas, Cunha afirmou que o desenvolvimento no Acre só seria possível com a ligação dos vales do Purus e Juruá, através da estrada de ferro madeira mamoré. Foi a primeira pessoa a mencionar o termo “interligação transacreana” “A irmandade euclidiana só quer um mundo mais justo e humano, como quis Euclides da Cunha”, disse a professora. “Ele chegou inclusive a prevê os conflitos diplomáticos que nós vemos hoje entre os países fonteiriços”. O desembargador acreano é um dos principais entusiastas euclidiano e responsável pela divulgação dos estudos sobre o escritor enquanto fonte para aperfeiçoamento didático nas escolas, sobretudo nos anais da história de colonização do Acre. Fonte: Notíciasdahora.com

Assessoria | Comunicação TJAC

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