A sociedade acreana conheceu na tarde de hoje a campanha Mude um Destino, da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), em favor das crianças e adolescentes que vivem em abrigos. Lançada com grande sucesso no auditório do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC), na capital Rio Branco, a iniciativa comoveu magistrados, membros do ministério público, representantes do governo local e cidadãos interessados em conhecer a realidade dos jovens abrigados no país.
Uma iniciativa da Associação dos Magistrados Acreanos (Asmac), o evento recebeu apoio do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJ-AC), da Prefeitura Local e do TCE-AC. O presidente da Asmac, Laudivon Nogueira, muito elogiou a campanha e o documentário O que o destino me mandar – principal instrumento da iniciativa –, produzido pela jornalista Ângela Bastos, com o apoio cultural da AMB.
“Quando participei do lançamento nacional da campanha em Brasília, achei que não fosse significar tanto para mim, mas ao assistir o documentário, me emocionei muito e resolvi trazer a iniciativa para cá”, conta Laudivon. Em seu discurso, ele destacou que a falta de informação sobre a situação das crianças abrigadas no estado é muita.
“Depois de ver o vídeo, perguntei a mim mesmo: o que podemos fazer para mudar essa realidade? E cheguei à conclusão de que o primeiro passo é informar”, revelou. E concluiu: “Tenho certeza de que todos que estão aqui podem fazer alguma coisa, podem mudar um destino.”
O coordenador da campanha, Francisco Oliveira Neto, explicou à platéia de cerca de 150 pessoas os principais objetivos da iniciativa e mostrou as peças de divulgação, como as cartilhas Adoção Passo a Passo e Abrigo Legal. O magistrado também falou sobre o Concurso Mude um Destino, que premiará os melhores projetos desenvolvidos por magistrados e abrigos e as melhores matérias produzidas por jornalistas sobre o tema.
Segundo ele, a participação de toda a população na divulgação da ação da AMB é fundamental para tentar mudar essa situação. “O verdadeiro lançamento da campanha não aconteceu em Brasília. Ele está acontecendo em cada estado que visito para divulgá-la. Temos de mostrar à sociedade que o abrigo é apenas o início de uma solução concreta, uma medida excepcional, e que a regra é o direito à convivência familiar”, destacou.
Antes de terminar seu discurso, Oliveira Neto fez um último chamamento aos presentes: “Não temos apenas de falar sobre adoção. O ideal é que dediquemos um pouco do nosso dia para conhecer melhor o assunto, doar um pouco de nós para tentar mudar a vida de uma criança.”
Em seguida foi exibida a versão reduzida do documentário de Ângela Bastos.
Também participaram da mesa de abertura do evento a presidente do TJ-AC, desembargadora Izaura Maia; o presidente do TCE-AC, conselheiro José Eugênio de Leão Braga; a corregedora-geral de Justiça do estado e presidente da Comissão Judiciária de Adoção do Estado do Acre, desembargadora Eva Evangelista; o vice-presidente do TJ-AC e diretor da Escola Superior da Magistratura do Estado do Acre, desembargador Pedro Ranzi; a subprocuradora-geral de Justiça, Giselle Mubárac Detoni; a presidente em exercício da Câmara de Vereadores de Rio Branco, vereadora Aryanny Cadaxo; e o representante do governo estadual Edson Américo Manchini.
Abrigos no estado
Segundo levantamento realizado pela Assessoria de Comunicação do TJ-AC, com informações da Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social, existem, hoje, no estado do Acre, 75 crianças e adolescentes que vivem em abrigos. Esses jovens são atendidos por dois abrigos governamentais e três não-governamentais.
(Da Assessoria de Comunicação Social da AMB – www.amb.com.br)