As CCA’s são fruto do Convênio de Cooperação Técnica e Financeira firmado em abril deste ano entre o TJAC e o SEBRAE, contando com o apoio técnico da ACISA e da OAB-AC. O objetivo do Projeto é facilitar o acesso da população à Justiça de forma mais ágil e especializada em questões comerciais e contratuais. Por meio das CCA’s será possível a solução de litígios em questões referentes a qualquer direito patrimonial disponível, sobre o qual a lei permita transações realizadas por micro e pequenas empresas sem limite de alçada, pela via da conciliação e arbitragem.
Para conhecer melhor a filosofia da conciliação como método de pacificação social, a Corregedora Geral da Justiça do TJAC e Coordenadora do Projeto das CCA’s no Acre, Desembargadora Eva Evangelista, apresentou aos participantes da reunião o vídeo institucional do Programa Justiça Comunitária Itinerante. Ao comentar o vídeo, a Desembargadora expôs sua intenção com o novo Projeto. “Vamos fazer com que as Câmaras no Acre revitalizem a prática da conciliação e da arbitragem e sejam reconhecidas pela sociedade como prestadoras de um serviço de excelência”, afirmou a magistrada.
Os entes envolvidos terão até o dia 18 para sugerir os nomes dos futuros conciliadores. A intenção é formar uma turma com 40 interessados, com a possibilidade de criar outras, caso haja demanda. “Esta oportunidade é destinada a pessoas habilitadas em diversas áreas, com a finalidade de estabelecer uma capacitação integrada. Quando houver uma contenda que envolva uma área específica, eles poderão colaborar e ter um ganho com isso”, afirmou Jurilande Aragão.
Em suas considerações sobre o Projeto, a Presidente do TJAC, Desembargadora Izaura Maia, ressaltou a importância das CCA’s. “A intenção de projetos desta natureza é reduzir o número de conflitos que chegam ao Judiciário e fazer com que eles sejam solucionados por meio de acordos entre as partes, sem prejuízo e com a mesma qualidade”, concluiu.
De grande importância no contexto atual, a mediação, conciliação e arbitragem representam uma nova cultura que vem sendo implementada no Brasil, voltada para a solução de controvérsias. “São métodos extrajudiciais que apresentam soluções rápidas e de muita eficácia e que vem, gradativamente, aumentando sua aceitação, à medida que os vários segmentos da sociedade passam a tomar conhecimento dessas técnicas e seus benefícios”, disse Macleine Paula de Melo, psicóloga, representante do Conselho Regional de Psicologia na reunião, ao relatar sua experiência profissional como agente conciliador do Programa Justiça Comunitária Itinerante.