O total de 52 audiências, realizadas entre os dias 22, 23 e 24 de abril, foi considerado positivo para a 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco, como resultado de um mutirão realizado sob a coordenação da Juíza Titular, Maria Cezarinete Angelim. Nos três dias transitaram pela Vara mais de 200 pessoas, segundo a conciliadora Rosana Gláucia Rocha.
A realização do mutirão resultou em oito sentenças e dois acordos. As ações de bancos e provenientes de acidentes de trânsito estão entre maioria absoluta dos acordos e sentenças. Grande parte a dos processos tratados durante o mutirão diz respeito a falências, seguros, cobranças de aluguel, indenizações por perdas e danos e ações movidas contra bancos.
O mutirão na 2ª Vara Cível não é exatamente uma novidade. Faz parte da filosofia de trabalho da Juíza Cezarinete Angelim, que os realiza ao menos a cada semestre. A Juíza realizou na tarde da última quinta-feira, 30, um balanço sobre a atividade, que, segundo ela, tem como objetivo principal promover a prática da conciliação e fomentar a cultura da paz sociedade. Além disso, a magistrada salientou a importância do mutirão como forma de contribuir para a desobstrução de processos que hoje se encontram na Justiça, garantindo necessária celeridade.
A Juíza antecipou que será realizado, no mês de junho, grande mutirão envolvendo diversas ações conjuntas e com abordagem pioneira. “Usaremos as técnicas chinesas, o Direito Holístico, que nada mais é do que abordar o ser humano em sua integralidade, fazendo emergir suas percepções, suas visões de mundo, suas necessidades intrínsecas”, afirmou.
Para isso, a magistrada utiliza instrumentos como músicas, aromas, fontes e até anjos, que não apenas propiciam um ambiente de maior tranqüilidade para efetivação da Justiça, como também facilitam o conhecimento da realidade dos cidadãos. Esse tipo de abordagem já foi realizada em 2008 e, conforme informação da Juíza, houve 90% de aceitação por parte da população.