Com o acompanhamento do Corregedor Geral da Justiça, Desembargador Samoel Evangelista, técnicos da Diretoria de Tecnologia da Informação iniciaram na segunda-feira (26), o processo de virtualização na Vara de Delitos de Tóxicos e Acidentes de Trânsito da Comarca de Rio Branco, cujo titular é o Juiz de Direito Elcio Sabo Mendes Júnior.
A virtualização dos processos praticamente extinguirá a utilização de papel na unidade judicial, além de imprimir maior agilidade ao julgamento dos feitos. “Nós acabaremos com o processo físico, o processo em papel nesta unidade. Por outro lado, tendo em vista que o Poder Judiciário não trabalha sozinho, continuaremos a receber peças processuais por meio físico, vindas da Defensoria Pública, do Ministério Público e da Advocacia. Quando elas chegarem à unidade, serão digitalizados e tramitarão virtualmente”, explica o Corregedor Geral.
A Vara da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Rio Branco foi a primeira unidade a instalar o processo virtual no âmbito do Poder Judiciário acreano.
“Esse processo é de grande importância, porque é o cumprimento, pelo Tribunal de Justiça do Acre, da Meta 5 estabelecida pelo Conselho Nacional de Justiça – implantar o processo eletrônico em parcela de suas unidades judiciárias”, enfatiza o Desembargador Samoel Evangelista, acrescentando que a Vara de Delitos de Tóxicos e Acidentes de Trânsito detém um significativo percentual de procedimentos criminais, que agora serão gerenciados virtualmente.
Para ele, a principal vantagem do novo sistema é a agilidade na tramitação dos processos. “Também não podemos deixar de lado o aspecto econômico. Na medida em que acabamos com o processo físico, claro está que teremos mais economia”, ressaltou.
Para o Juiz Elcio Sabo, a implantação do novo sistema demonstra a preocupação do Poder Judiciário do Acre em melhor atender a sociedade. “Demonstra a preocupação do Poder Judiciário em aperfeiçoar a prestação jurisdicional e dar respostas com mais rapidez”, afirma o magistrado.
O Presidente da Seccional Acre da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AC), Florindo Poesch, avalia que a virtualização vai por fim aos principais obstáculos do Poder Judiciário. “É um avanço, não temos outra saída, a era do papel está chegando ao fim. Significa o advogado poder acompanhar o processo dele do seu escritório, sem a necessidade de se dirigir até à unidade judicial, trabalhando muito mais rapidamente e sem ocupar os servidores durante horas no manuseio de processos”, conclui o Presidente da entidade.