A Justiça Acreana realiza na próxima semana uma edição especial do Mutirão da Conciliação, a fim de possibilitar aos cidadãos uma solução rápida de seus conflitos processuais.
O evento acontece na sede dos Juizados Especiais (antigo colégio Dom Pedro), entre os dias 24 e 28, ou seja, segunda à sexta-feira, e também vai integrar a programação alusiva aos 50 anos de instalação do Tribunal de Justiça do Acre.
Coordenadora dos Juizados Especiais no Estado, a desembargadora Cezarinete Angelim falou a respeito da importância do comparecimento à atividade. “Já definimos os últimos preparativos, inclusive a equipe de conciliadores, e preparamos a melhor estrutura possível para receber os cidadãos que queiram pôr fim aos seus conflitos judiciais. O mais importante agora é a participação de todas as partes. Por isso, convido a todos aqueles que receberam uma intimação a comparecer nos dias do Mutirão da Conciliação. Basta ir à sede dos Juizados, escolher a Justiça fraterna, e fazer o seu acordo”, ressaltou.
As partes intimadas (convidadas) à conciliação durante esse período, devem se dirigir ao local sempre das 8h às 12h e das 14h às 18h.
Para se ter uma ideia do tamanho da atividade, estão agendadas mais de 2 mil audiências e a atuação de 50 conciliadores.
Já estão confirmadas as participações das seguintes unidades judiciárias: 1º Juizado Especial Cível, 2º Juizado Especial Cível, 3º Juizado Especial Cível, 1º Juizado Especial Criminal e a 1ª Turma Recursal.
Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) , Segundo 65% das ações judiciais civis no País discutem valores que não chegam a R$ 1 mil, mas cada processo custa, em média, R$ 1,3 mil aos cofres públicos. A difusão da cultura da conciliação, como o Mutirão que será realizado neste mês, diminuiria bastante a entrada de processos no Judiciário brasileiro.
Atualmente, existem cerca de 90 milhões de ações judiciais e todos os anos cerca de 20 milhões de novos processos são criados.
A conciliação
A conciliação é um meio alternativo de resolução de conflitos em que as partes confiam a uma terceira pessoa (neutra), o conciliador, a função de aproximá-las e orientá-las na construção de um acordo.
O conciliador é uma pessoa da sociedade que atua, de forma voluntária e após treinamento específico, como facilitador do acordo entre os envolvidos, criando um contexto propício ao entendimento mútuo, à aproximação de interesses e à harmonização das relações.
A conciliação também é o modo de resolução de conflitos mais rápido, mais barato, e mais eficaz. E nela não há risco de injustiça, na medida em que são as próprias partes que, mediadas e auxiliadas pelo juiz/conciliador, encontram a solução para o conflito de interesses. Portanto, nela não há perdedor.