Presidente da Corte, corregedora geral da Justiça e magistrados definem estratégias para o funcionamento do prédio sede da Comarca.
Após pouco mais de dois meses de uma cheia histórica que atingiu mais de 90% da sede do município de Brasiléia, a prestação jurisdicional para aquela população, assim como todos os outros serviços públicos na localidade, aos poucos volta à normalidade. No sentido de agilizar um melhor atendimento aos que procuram o Poder Judiciário na cidade, a desembargadora Cezarinete Angelim, presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), esteve nessa quinta-feira (14) no Fórum Dr. Edvaldo Abreu de Oliveira para acompanhar de perto as prioridades para que a unidade volte a funcionar com o mínimo de conforto para magistrados servidores e cidadãos.
Acompanhada da corregedora geral da Justiça, desembargadora Regina Ferrari, da juíza-auxiliar da Presidência, Mirla Regina, e de diretores, a desembargadora-presidente se reuniu com os juízes Clóvis Lodi (diretor do Fórum) e Gustavo Sirena, na oportunidade em que discutiu estratégias para que os trabalhos voltem à normalidade, já que grande parte dos serviços está sendo efetivado atualmente no Centro Integrado da Cidadania (CIC), devido aos estragos causados pelas águas no Fórum da Comarca, em fevereiro deste ano.
O Tribunal de Justiça Acreano realizou força-tarefa nas Comarcas de Brasiléia, Epitaciolândia e Xapuri com o propósito de prestar solidariedade aos juízes e aos servidores que atuam nas unidades judiciárias e que foram vítimas da alagação. A união de esforços deu dignidade às famílias que sofreram com as consequências das cheias do Rio Acre, para que pudessem suportar a situação caótica, por meio do apoio, acolhimento e fraternidade da Justiça.
Além das visitas in loco, à frente das quais esteve a presidente da Corte de Justiça Acreana, também foi lançada a campanha “Judiciário Solidário”, com o intuito de arrecadar donativos para ajudar as famílias desalojadas pela enchente.
Ainda durante a visita a Brasiléia, em audiência com o prefeito do município, Everaldo Gomes, a presidente do TJAC solicitou ajuda, nos limites da competência do Executivo municipal, no sentido de recuperar o Fórum da cidade, para que o local ofereça as condições mínimas de funcionamento, até que um novo Fórum seja construído na parte alta da sede do município, cuja área foi garantida durante reunião da desembargadora-presidente do Judiciário Acreano com o governador Tião Viana, no mês de março.
“Todos nós temos que ter zelo pelo dinheiro público. E é por isso que não podemos investir muito nessa reforma, pois já estamos em tratativas para a construção futura do novo fórum na parte alta da cidade de Brasiléia. Estamos aqui para executar ações que possibilitem as condições mínimas necessárias para que o Poder Judiciário Acreano ofereça um serviço digno à população”, explicou Cezarinete Angelim.
Diante das alegações propostas pela presidente do TJAC, o prefeito Everaldo Gomes, após um breve relato da situação do município pós-cheia, comprometeu-se a ajudar “no que for possível”, destacando os serviços de limpeza e abastecimento d’água na unidade judiciária.
Corregedora geral da Justiça, a desembargadora Regina Ferrari também assinalou a gravidade dos efeitos da alagação; as dificuldades de se administrar a situação com poucos recursos no município e a necessidade de esforços conjuntos por parte das instituições para reconstruir a cidade.