Visita faz parte da 2ª fase do Projeto, quando os alunos da rede pública passam a conhecer a estrutura e funcionamento das unidades do Judiciário Estadual.
Um grupo de 58 crianças de duas turmas do 5° ano da escola municipal Chico Mendes foi recebidos nesta segunda (31) pela desembargadora Waldirene Cordeiro, na sala de sessões da Câmara Cível do Tribunal de Justiça. A visita faz parte da 2ª fase do Projeto Cidadania e Justiça na Escola, na qual os alunos da rede pública passam a conhecer a estrutura e funcionamento de algumas unidades do Poder Judiciário Estadual.
No início da conversa, a desembargadora explicou a divisão das Câmaras Cível e Criminal. Explicou também como é a composição do Tribunal, com doze magistrados, incluindo a atual presidente Cezarinete Angelim, e a função deles ao se reunir no Tribunal Pleno para discutir e decidir sobre determinada causa.
Waldirene Cordeiro ressaltou a função dos professores e sua contribuição com o ensino, pois é uma profissão que abarca todas as outras. “Sem os professores eu não estaria aqui. Eu estudei em escola pública. Professor é sempre aquele que auxilia, é a base do nosso conhecimento. Vocês que estão aqui não estão estudando para seus pais ou professores, estão estudando para vocês mesmo para ser bons cidadãos, bons filhos, bons gestores desse país”, assinalou.
A magistrada destacou a importância de estudar e incentivou os pequenos a seguirem esse caminho “O uso de drogas não leva alugar nenhum, destratar pai e mãe também não. O que nos faz crescer e ser pessoas melhores é o estudo”.
Interessado, o aluno Vítor Emanuel, de 11 anos, perguntou à desembargadora o que era necessário para ser um desembargador ou juiz de direito. Ela explicou que para ser juiz tem que ser formado em Direito, se submeter a um concurso público, que pode ser para advogado da Defensoria Pública ou Procuradoria do Estado ou Município do Ministério Público para ser promotor e vira Procurador de Justiça ou juiz de Direito. Ela esclareceu que todo juiz e promotor antes de vir para a comarca da capital tem que obrigatoriamente passar por um concurso.
Vítor Emanuel disse ainda que seu sonho é ser juiz e está muito feliz por conhecer pela primeira vez um local, que futuramente pode ser seu local de trabalho “O juiz decide as coisas, as pessoas precisam da justiça, eu quero ser um juiz para ajudar as pessoas que procuram a lei”.
O também estudante Vinícius Martins, de 12 anos falou que seu sonho é ajudar as pessoas que precisam de justiça, fazer cultura e passar conhecimento. “A lei não olha só pra empresários, pessoas ricas. Pode ser pra branco, negro, pobre, pra todos. Não importa o tipo financeiro, a justiça é igual para todos, por isso quero ser um juíz”, comentou.
Vinícius destacou que gostou da parte que a magistrada incentivou todos olhar sempre pra frente, estudar, não desobedecer aos pais, não cair nas drogas e ser uma pessoa sempre honesta.
Para a professora Suzulei Lafuente, diretora da escola, a implantação do programa na escola é de grande valia, onde os alunos passaram a compreender como funciona o poder judiciário. Através da visita dos juízes nas escolas, permite uma aproximação e eles passam a entender como funciona a justiça.
Quanto aos resultados do programa, Suzulei é enfática “Esse trabalho vem pra reafirmar as crianças o que elas aprendem na sala de aula com relação à cidadania e justiça. A gente vê as diferenças na escola, como eles tratam uns aos outros, levam o conhecimento que adquirem para os pais. Passam a ser conhecedores dos seus direitos e deveres e ser multiplicadores de cidadania. Com isso todos ganham”
No final da visita, foi servido um lanche no auditório da Esjud e exibido um vídeo sobre direitos da criança e do adolescente, incentivando o estudo e abordando a exploração e o trabalho infantil.