A equipe da Vara de Proteção à Mulher também promoveu grupos de conversa com as pessoas nos CRAS.
A programação da V Semana Nacional “Justiça pela Paz em Casa”, no âmbito do Poder Judiciário Acreano, inclui esse ano uma ferramenta importante no combate à reincidência nesse tipo de crime. Trata-se do atendimento psicológico não apenas para as mulheres vítimas, mas também para o agressor.
No decorrer da semana, vários atendimentos foram realizados, e os homens atendidos demonstraram boa receptividade ao trabalho de aconselhamento realizado por psicólogas e assistentes sociais das equipes multidisciplinar da Vara de Proteção à Mulher da Comarca de Rio Branco.
Um exemplo de conscientização é o serviço de atendimento feito pela assistente social Luana Albuquerque e as psicólogas Kelly Feitosa e Cleudina Ribeiro, que conversam com homens e mulheres no intuito de prevenir, conscientizar e orientar.
Grupos de conversas
A equipe da Vara de Proteção à Mulher também promoveu grupos de conversa com as pessoas nos Centros de Recuperação e nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), em função do número de denúncias e casos que tem relação com a dependência alcoólica, explicando sobre as formas de violência contra a mulher, tirando dúvidas sobre a Lei Maria da Penha e dando esclarecimentos.
“Além do nosso trabalho diário de conversar com as mulheres que são intimadas, para explicarmos sobre a Lei Maria da Penha, o que se configura a violência doméstica e em qual situação de violência se encontra aquela mulher, para que ela saiba onde procurar atendimento, nosso trabalho ajuda com a disseminação das informações, gera reflexão e incentivar a pacificação social”, comentou Cleudina Ribeiro.
Outros atendimentos
Serviços de maquiagem e de corte de cabelo, palestras, distribuição de folders e cartilhas, atendimento psicológico são algumas das atividades que já foram realizadas nestes cinco dias de programação da V Semana Nacional “Justiça Pela Paz em Casa”, realizada no Fórum Criminal Des. Lourival Marques de Oliveira em Rio Branco, pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJAC).
Além dessas ações também está acontecendo o mutirão de audiências, com o apoio das juízas de Direito Shirlei Hage, Maha Manasfi e Ivete Tabalipa e as juízas Substitutas Carolina Bragança, Ana Paula Saboya e Kamyla Acioli. A concentração de julgamentos visa agilizar as audiências de processos que envolvam violência e fornecer uma resposta para a sociedade.
“É necessário à realização do mutirão de audiências para dar celeridade aos processos, pois, a demanda na Vara de Proteção é grande, por isso, contamos com o apoio de outros juízes para podermos dar uma resposta mais rápida para a parte”, ressaltou a juíza de Direito Shirlei Hage, titular da Vara de Proteção à Mulher da Comarca de Rio Branco.
Tribunal do Júri
Ainda dentro da programação, na manhã última quarta-feira (17), foi realizado o Tribunal do Júri de V.C. de O., que foi condenado a cinco anos e dois meses de reclusão, em regime inicial aberto, por ter causado lesões no peito e nas costas da vítima A.F. da S. usando uma faca.
Conforme a denúncia o réu iniciou a tentativa de matar a vítima, mas não atingiu resultado, pois, foi detido por populares que acionaram a polícia militar. A situação aconteceu no Terminal rodoviário de Rio Branco, quando V.C. de O. sacou uma arma para matar um homem, mas, a vítima ao tentar intervir em favor do seu amigo, foi atacada pelo réu.
O caso está inscrito nos autos do processo n°0032122-16.2010.8.01.0001 e o Tribunal do Júri foi conduzido pelo juiz de Direito Alesson Braz, que também está colaborando com a ação.