Pais interdependentes: Justiça Acreana registra dois casos de homens solteiros em busca de adoção  

De acordo com o CNJ, atualmente, dos mais de 37 mil pretendentes inscritos no Cadastro Nacional de Adoção, 5.019 são pessoas solteiras.

Dois pedidos de habilitação interpostos por homens solteiros (interdependentes) para adoção de crianças estão sendo analisados pelo Juízo da 2ª Vara da Infância e da Juventude de Rio Branco. Os candidatos possuem 45 anos e preenchem todos os requisitos necessários para a realização do procedimento.

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A legislação vigente no Brasil permite que todas as pessoas com mais de 18 anos possam adotar uma criança ou adolescente, entretanto a demanda ainda tem sido baixa no estado acreano. O titular da unidade judiciária, juiz de Direito Romário Divino, alerta que o desejo de adotar deve ser consciente e não fruto de um sentimento, como piedade, dó, ou para atender a necessidade de uma pessoa que se sente só.

“Há uma preparação do pretendente em um grupo de adoção, com pessoas que também já vivenciaram a situação. A pessoa é orientada quanto aos aspectos psicológicos da adoção e expectativa da criança e os cuidados na fase de adaptação, pois, via de regra, a criança vem de uma situação de rejeição, necessitando de muita atenção, amor, carinho e limites”, explica o magistrado.

Romário Divino destacou ainda que o número de homens solteiros interessados na adoção é consideravelmente menor que as interessadas mulheres. “Entretanto, não percebemos muitas diferenças nas suas motivações para adotar uma criança”, enfatizou o magistrado.

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Instinto Paternal

De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), atualmente, dos mais de 37 mil pretendentes inscritos no Cadastro Nacional de Adoção, 5.019 são pessoas solteiras. Em média, elas representam cerca de 15% do total de crianças adotadas em todo o país.

Na maioria dos pedidos formulados por pessoas do sexo masculino interdependentes, o instinto paternal revela- a situação de homens solteiros ou mesmo separados que estão em busca de realizar o sonho de ter um filho, independente do casamento.

No Educandário Santa Margarida, localizado na Capital Acreana, existem 22 crianças disponíveis para adoção, na faixa etária de zero a 12 anos, contudo ainda há adolescentes que sonham com um lar nos abrigos Maria Tapajós e Sol Nascente.

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Como adotar

Adotar é um acolhimento voluntário de um integrante de uma família. O efeito jurídico da adoção é de natureza constitutiva. Para adotar, além de preencher alguns formulários, estão previstas entrevistas para avaliação psicossocial do adotante. Na entrevista, o pretendente a pai preencherá a ficha de triagem onde poderá solicitar o tipo físico, idade e sexo da criança.

Com o processo sendo aprovado, o interessado estará habilitado para adoção e fará parte de uma lista, junto ao Cadastro Nacional de Adoção. Para saber como funciona o Cadastro Nacional de Adoção, acesse o Guia do Usuário.

A restrição é que o adotado deve ser 16 anos mais novo que o adotante. O processo de adoção para os solteiros demora o mesmo tempo que para os casais. Para se candidatar, basta ir ao Fórum, com a identidade e um comprovante de residência, e abrir um processo de habilitação para adoção.

Assessoria | Comunicação TJAC

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