Presidência assegurou acompanhamento nutricional que mobilizou os profissionais a combater obesidade com educação alimentar.
A atual gestão do Tribunal de Justiça do Acre mudou a dinâmica da realidade dos servidores que atuam no Judiciário Estadual, no que diz respeito à promoção do bem-estar, saúde e qualidade de vida. Diversas ações foram implementadas nessa perspectiva no Biênio 2015-2017, como o Coral, Dança, Teatro, Oficina de Cor, Ginástica Laboral, Feira Orgânica e Feira de Artesanato. Não menos importante, executou-se o projeto “Leis Alimentares: Justiça com Qualidade de Vida”, em parceria com a Universidade Federal do Acre (Ufac).
“Continuaremos trabalhando com afinco pela humanização do Judiciário Acreano, para que magistrados e servidores possam atuar de modo mais eficiente em seus respectivos setores e unidades, mas também de forma mais qualitativa e saudável, com mais disposição e vitalidade, e, sobretudo, viver bem, para servir melhor à população”, assinalou desembargadora Cezarinete Angelim, presidente do TJAC.
O impacto da educação alimentar foi o tema da última aula do projeto, uma atividade inédita promovida pela atual gestão, através da Gerência de Qualidade de Vida (Gevid), que teve o objetivo de fomentar hábitos saudáveis entre os profissionais da Justiça Acreana.
Juntos, cerca de 40 participantes eliminaram 41,4 kg, sendo que os maiores destaques são o diretor Judiciário, Victor Minikoski, e a servidora Simony Lima, que obtiveram os melhores resultados com a reeducação alimentar (ele eliminou nove quilos, e ela, sete).
“Minha batalha não é uma dieta com restrições, mas sim uma reeducação alimentar para toda vida”, afirmou Minikoski. Ele compartilhou que obteve um grande aprendizado, principalmente ligado a classificações dos alimentos, o que afetou diretamente suas escolhas diárias.
Já a servidora da Diretoria de Gestão Estratégica (Diges) ressaltou que essa ação a motivou muito. “Eu tive resultados impressionantes, porque consegui colocar em prática cada lição e uma delas foi abdicar o sedentarismo”, disse Simony.
A nutricionista Flávia Dias, coordenadora do projeto, salientou que com a readequação do peso muitos conseguiram alterar seu estado de sobrepeso e obesidade. “Foi possível mensurar o desempenho e esforço individual, assim acredito que o maior resultado é o controle de agravos de doenças crônicas e mais saúde para todos”, pontuou.
As palestras ocorreram semanalmente na Escola do Poder Judiciário (Esjud) e a principal ferramenta foi o Guia Alimentar para a População Brasileira, um material desenvolvido pelo Ministério da Saúde como diretriz de promoção da alimentação adequada e saudável.
A metodologia envolveu ainda avaliações, como a anamnese, Índice de Massa Corporal (IMC), circunferência de cintura e abdominal entre outros dados antropométricos. Além de rodas de conversa, que reforçaram novas práticas e, principalmente, a serem multiplicadores dos conhecimentos nutricionais com outros colegas e suas famílias.
Os dois meses de ampliação da acessibilidade desses conhecimentos sobre práticas alimentares foi acompanhado de desafios semanais, que se acumulavam, como inserir frutas no plano alimentar diário, beber mais água, evitar embutidos, praticar exercícios e cuidar do sono. Progresso que linearmente orientou readequações e fortaleceu o envolvimento do grupo.
O servidor da 3ª Vara de Fazenda Pública da Comarca de Rio Branco, Matheus Ibsen, perdeu 7,8 kg e também registrou que o comprometimento foi uma tarefa diária. “Não fazemos nada sem saúde e eu tive que renunciar de coisas que eu gostava para me adequar e fazer uma nova prática para minha vida. Essa conscientização só foi possível pelo esforço que essa administração fez para nós algo que nos motivou a ser a melhor versão de nós mesmos”, conclui.
Os participantes compartilharam seu entusiasmo, experiências e pratos em um café da manhã. Um momento de confraternização e troca de receitas, que brindou a perda de medidas e a vitória de todos.
Já encerramento do projeto ocorre no próximo dia 27, junto às atividades programadas para a comemoração do dia do Servidor Público.
Projeto Leis Alimentares
O Projeto Leis Alimentares consiste em palestras educativas semanais, a fim de gerar uma consciência preventiva quanto aos agravos das doenças crônicas não transmissíveis, dentre elas, em especial, a obesidade, que, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), atinge atualmente uma a cada três pessoas, constituindo-se em fator de risco para várias outras doenças, como diabetes, cardiopatias, hipertensão, além de alguns tipo de câncer.
Outro objetivo do projeto é fazer com que cada participante seja um multiplicador dos conhecimentos sobre alimentação e nutrição em sua própria casa e contexto social, contribuindo assim para a diminuição dos chamados agravos de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).
O médico argentino Pedro Escudero criou em 1937 as Leis Alimentares, composta por quatro enunciados, que são: Lei da Quantidade, Lei da Qualidade, Lei da Harmonia e Lei da Adequação.
A tese fundamenta os alicerces para uma alimentação adequada, prestando orientações para uma dieta que garanta crescimento, manutenção e desenvolvimento saudáveis.
A educação alimentar fundamentada por Escudero foi apresentada logo nas primeiras semanas pela nutricionista responsável, conhecimento que ela garante ser essencial para uma visão crítica do ato de comer e da rotina individual, “porque para tomar uma decisão, cada um precisa estar convicto de que este é o melhor para si e fazer disto uma prioridade”.