Evento integrou as ações da Agenda Ambiental 2017-2019, voltadas à preservação do planeta e cuidado com a natureza.
A combinação de arte e jurisdição, cultura e meio ambiente tem sido praticada pela atual gestão do Tribunal de Justiça do Acre. Nesta terça-feira (6), por exemplo, promoveu-se o vernissage da Exposição Coletiva “A (d)existência das coisas” – relacionado inclusive à temática da responsabilidade socioambiental. Os trabalhos estão expostos no hall das Câmaras de Julgamento (Cíveis e Criminal), no Edifício-Sede da Instituição.
O evento integrou as ações da Agenda Ambiental 2017-2019, voltadas à preservação do planeta e cuidado com a natureza; alinhadas ao Planejamento Estratégico 2015-2020 e à Resolução 201/2015, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O ato foi conduzido pela desembargadora-presidente Denise Bonfim, e teve no dispositivo de honra as presenças da desembargadora Waldirene Cordeiro, corregedora geral da Justiça; do prefeito Marcus Alexandre; do secretário municipal de Meio Ambiente, Aberson Souza; da presidente da Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis e Reutilizáveis (Catar), Itamara Costa; e dos artistas plásticos Rosilene Nobre e Danilo de S’Acre. Além destes dois, os trabalhos foram confeccionados por Beth Lins e Heide Genifer.
“Parabenizo os artistas, lembrando as sábias palavras do grande líder Mahatma Gandhi, ‘a arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte’”, disse a presidente do TJAC. A desembargadora enalteceu o fato de as obras serem fruto de materiais descartados. “Ganham nova plasticidade. As formas e conteúdos despertam a nossa sensibilidade, para revelar a leveza e o bem-estar da vida”, considerou.
Falando em nome dos colegas, Rosinele Nobre agradeceu, por mais de uma vez, pela oportunidade de expor os trabalhos no Tribunal de Justiça Acreano. “É também uma forma de resgatar as memórias, valores e identidade do nosso lugar”, completou.
A “(d)existência das coisas”
As palavras do artista plástico Danilo de S’Acre sintetizam o o título da Exposição Coletiva “A (de)existência das coisas”, na perspectiva do existencialismo, corrente filosófica que aborda a dimensão da realidade concreta do indivíduo, ou seja, seus medos, angústias, emoções e formas íntimas de perceber o mundo.
“As coisas existem
As coisas são importantes
As coisas não são importantes
As coisas tornam-se restos, jogadas, abandonadas
As coisas são esquecidas, descartadas, inúteis agora são
As coisas são deixadas à parte, doadas ou jogadas no lixo
Aqui se joga no mato e o mato a absorve
O artista garimpa resíduos, limpa, cura as feridas
O conforta, reaproveita e ressignifica o inútil em obra de arte
Um conceito na contemplação dos aspectos ambientais
Reaproveitando entulhos do mundo, a reciclagem com arte
A reflexão sobre questões do cotidiano, a insistência de uma consciência crítica, com relação humana ao ambiente do mundo
As coisas existem
As coisas não prestam mais
As coisas são descartadas
As coisas são obras de arte”.