O Tribunal de Justiça do Acre promoveu com sucesso uma campanha para o cadastramento de doadores de medula óssea. A ação foi realizada na Sede da Instituição, no Espaço Saúde, localizado no térreo, nessa quinta-feira (22). Convidados a participar voluntariamente da iniciativa, dezenas de servidores e colaboradores demonstraram amor ao próximo com o gesto de solidariedade.
“Me sinto muito honrada e feliz em participar dessa campanha. Saber que há tantas pessoas em filas esperando um transplante que possa salvar suas vidas e que você pode ser essa salvação, é realmente impactante.Também fico contente em ver nossa instituição trazendo até nós essa importante ação. Com palestra, esclarecimento, e ponto de coleta. Isso mostra o quanto a administração é sensível à saúde e à vida”, assinalou a servidora Elaine Cristina, cujo sorriso era a extensão do clima de alegria que contagiava os demais colegas.
Bastava ter boa saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante) e idade entre 18 e 55 anos para integrar a campanha, que, devido ao êxito obtido na primeira edição, poderá ser retomada nos próximos meses.
“O Tribunal nos proporcionou conhecimento sobre esse tema, esclarecendo que podemos ajudar o outro sem nenhuma burocracia ou dificuldade. É mesmo um caráter educativo sobre algo que pode fazer tão bem às demais pessoas, inclusive das nossas famílias. No meu caso, por exemplo, tenho apenas um rim e, por isso mesmo, pensei que não pudesse de jeito nenhum ser um doador de medula óssea”, disse o servidor, ao elogiar a ação da Instituição.
Ao procurarem o Espaço Saúde, os profissionais preencheram uma ficha com dados pessoais e a coleta de 5 ml de sangue. Não era preciso estar em jejum para efetivar o cadastro.
A partir de agora, o material coletado passará por testes, que irão determinar as características genéticas necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente.
Os dados pessoais e os resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado, chamado Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). O sistema realiza o cruzamento com dados dos pacientes de todo Brasil que estão necessitando de um transplante.
Sempre que um paciente necessita de transplante e não possui um doador na família, esse cadastro é consultado.
Somente após essa etapa, os doadores poderão ser acionados pelos setores competentes – que cuidarão de toda logística e operacionalização -, em caso de compatibilidade com um paciente. Então serão chamados para exames complementares e para realizar a doação.
No caso do Tribunal, a ação está sendo promovida por meio da Gerência de Qualidade de Vida (Gevid), com a realização do Hemoacre, do Rotary Club de Rio Branco e do Instituto Nacional de Apoio à Vida (Invida).
O Invida desenvolve trabalhos relacionados à educação e saúde, a exemplo do cadastramento de doadores voluntários de medula óssea e o apoio a familiares e pacientes com indicação de transplante de medula óssea.
O que é a medula óssea
A medula óssea é uma estrutura que fica dentro dos ossos do corpo, responsável pela produção das células do sangue e das células de defesa. Entre as células sanguíneas produzidas na medula óssea, estão os glóbulos brancos, os glóbulos vermelhos e as plaquetas, todas substâncias muito importantes para o transporte de oxigênio, hormônios e nutrientes para o organismo.
De acordo com o Redome, se há algum problema na fabricação dessas células na medula, “o corpo sofre consequências e a pessoa pode desenvolver leucemia, linfomas, anemias graves ou outras doenças do sangue”.
A célula-tronco está presente também na medula óssea, no sangue periférico ou até mesmo no sangue que vem do cordão umbilical do bebê. Se há algum defeito nessas células-tronco, o paciente pode desenvolver alguma doença, como a leucemia, e pode precisar de um transplante de medula óssea, para “trocar” essa medula com defeito por outra saudável. A leucemia, por sinal, é a principal indicação para esse tipo de transplante.
Doação de medula óssea
A doação de medula óssea é um gesto de amor e solidariedade, materializado por uma atitude que pode fazer a diferença entre a vida e a morte.
Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde poderá doar medula óssea. Esta é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, com rápida recuperação.