Acordos firmados já movimentaram quase dois milhões de reais somente no Estado do Acre.
O Tribunal de Justiça do Acre se aproximou, na manhã desta quinta-feira (8), da marca de dois milhões de reais, movimentados em acordos firmados durante as atividades da 13ª Semana Nacional da Conciliação.
Dos mais de dois mil processos pautados, 1.312 já foram analisados. Em 828 casos, foram realizadas audiências de conciliação, que resultaram em 333 acordos amigáveis. Nos demais casos, não houve citação da parte demandada e/ou o autor deixou de comparecer à audiência (revelia).
Ao todo, a ação já beneficiou mais de 1.800 pessoas nas comarcas da Capital e do Interior. Na realização das audiências, estão envolvidas mais de 50 unidades judiciárias de 1º e 2º Graus.
De acordo com o juiz de Direito auxiliar da Corregedoria Geral da Justiça, Cloves Ferreira, a meta da atual Administração é superar o excelente índice (40%) obtido durante o último ano, que rendeu ao TJAC destaque no número de acordos firmados no país.
“Nós pretendemos superar o índice de 40% de acordos que alcançamos em 2017, quando o Estado do Acre foi o primeiro colocado em nível nacional. A gente quer manter esse posto e, se possível, aumentar a distancia em relação aos outros tribunais”, ressaltou o magistrado auxiliar da COGER.
O juiz de Direito Cloves Ferreira também assinalou que a intenção é de que todas as audiências em pauta sejam realizadas até o final dos trabalhos – excetuando-se aquelas em que a citação da parte demandada restou infrutífera e/ou que o autor deixou de comparecer – mas que o movimento em prol da conciliação é permanente no âmbito do TJAC.
“É importante dizer que, embora essa semana da conciliação se encerre na sexta-feira, o Tribunal de Justiça continua com esse mesmo espírito conciliador durante o ano inteiro. Nós temos nossos próprios movimentos de conciliação aqui no Estado do Acre e estimulamos as pessoas que tenham processos que nos procurem de maneira que nós possamos fazer mais audiências de conciliação”, disse.
Quando um acordo é preferível
O magistrado auxiliar da COGER explicou ainda que um acordo bem feito, em termos justos para ambas as partes, tem o potencial de pacificar conflitos sociais, que, em grande parte das vezes, ocorrem entre pessoas conhecidas, colegas de trabalho, amigos, parentes, o que revela sua importância estratégica para o Poder Judiciário.
“A Justiça entende – e tenta difundir, ao máximo, essa ideia – que o acordo resolve não somente o processo, mas também o problema na vida das pessoas. Uma sentença, às vezes, resolve o processo, mas não resolve o problema. E com o acordo a pessoa consegue ter boas condições de pagar e aquele que vai receber tem a garantia de que vai auferir o valor que lhe é devido”, destacou.