Integrantes são autores de delitos de violência doméstica que alcançaram o regime semiaberto; encontro ocorreu no Fórum Criminal Lourival Marques de Oliveira.
A decana do Tribunal de Justiça do Acre, desembargadora Eva Evangelista, participou, juntamente com o desembargador Luís Camolez, na última quinta-feira, 29, de encontro com homens autores de delitos de violência doméstica no Fórum Criminal Lourival Marques de Oliveira.
A atividade também contou com a participação da juíza de Direito titular da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas da Comarca de Rio Branco, Andréa Brito, bem como dos profissionais da equipe técnica multidisciplinar da unidade judiciária.
A decana do TJAC discutiu com os participantes do Grupo Homens em Transformação questões cotidianas, culturais e comportamentais, que estão relacionadas ao machismo e a condutas opressivas e violentas nos lares acreanos, buscando sempre esclarecer aos integrantes as consequências graves desse tipo de delito.
“Eu gostei muito do nome desse grupo: ‘Homens em Transformação’. É exatamente isso que nós buscamos aqui, a transformação de todos vocês. Para que possam criar seus filhos, voltar aos relacionamentos – se for o caso – ou se preparar para novos relacionamentos, de maneira condigna, podendo olhar para suas famílias com orgulho, com uma verdadeira transformação”, considerou Eva Evangelista.
Após a participação da decana do TJAC, o desembargador Luís Camolez conversou com os integrantes do grupo. O magistrado falou sobre a importância da família e do estabelecimento e manutenção de laços saudáveis entre os participantes e seus núcleos familiares.
Durante o encontro, o desembargador Luís Camolez também aproveitou para falar de Deus e da importância de uma vida espiritual plena e vigilante para o aperfeiçoamento dos indivíduos.
A juíza de Direito Andréa Brito agradeceu a participação dos magistrados de 2º Grau no encontro, assinalando que é “uma honra receber pessoas realmente interessadas na transformação dos participantes do grupo, pessoas que mesmo com uma agenda repleta de audiências encontraram um tempo livre para se doar e participar desse processo de ressocialização”.
Um dos integrantes do grupo Homens em Transformação, que preferiu não se identificar, definiu bem o espírito do encontro: “acho muito bacana que eles venham conversar com a gente dessa forma, sem essa questão de ‘eu sou o juiz, você o réu’. Isso ajuda a gente a ver que nossos erros não contam mais que nossas ações corretas. Estão de parabéns”, disse.
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