O Poder Judiciário Acreano ao longo dos anos tem se empenhado em trabalhar o lado social dos jurisdicionados.
O Poder Judiciário Acreano ao longo dos anos tem se empenhado em trabalhar o lado social dos jurisdicionados e, aos poucos, se descaracterizando da forma de apenas julgar.
Seja na área criminal ou cível, vários grupos sociais foram criados como forma de fazer com que as partes dos processos reflitam sobre seus atos, problemas, se reeduquem e, no final, se transformem perpetrando paz e segurança à família.
Na 3ª Vara da Família, por exemplo, um grupo foi criado para pais, em processo judicial, de filhos autistas. A juíza de Direito titular da unidade, Maha Manasfi, explica que a necessidade dessa ação se deu após muitos conflitos entre os casais quando recebem a notícia de que um filho é autista.
“Muitos casais chegaram a separar porque não conseguem trabalhar essa situação. A mãe, que geralmente fica com a guarda da criança, entra com processo para que o pai também fique com o filho. Há também o inverso de o pai ter a guarda da criança e, por meio da justiça, pedir que a mãe divida as obrigações no desenvolvimento familiar da criança. Diante do diagnóstico, é comum pais e responsáveis sentirem medo por desconhecerem os desafios impostos pelo autismo”, disse a juíza.
Ela acrescenta que o grupo, desenvolvido pela equipe multidisciplinar da Vara, faz com que os pais dialoguem entre eles em relação às demandas das crianças. Para essa atividade ser mais próspera, a juíza visitou, semana passada, o Colégio Militar Dom Pedro II para conhecer o trabalho feito pela unidade escolar aos alunos especiais.
Na ocasião, a magistrada conversou com as administradores e professores da unidade escolar, tirou dúvidas e conheceu algumas atividades relacionadas ao projeto de inclusão.