Encontro aconteceu nesta sexta-feira, 5, quando discutiu-se a articulação de parcerias para enfrentamento da violência contra mulher e fortalecimento das pautas indígenas.
O presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC), desembargador Francisco Djalma, e a coordenadora Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar, desembargadora Eva Evangelista, receberam visita de cortesia, nesta sexta-feira, 5, da assessora política da Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais e Indígenas do Acre (Amaaiac), Francisca Arara, ela é da etnia Arara, na língua dos não indígenas, mas, Shawãdawa, na língua indígena.
O encontro serviu para estabelecimento de canal de diálogo para articulação de parceiras, visando desenvolver ações de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra mulher, assim como teve objetivo de debater as questões dos indígenas, que integram a população e cultura do Acre. Segundo dados de 2019, da Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-Acre), no estado existem 15 povos indígenas, cerca de 209 aldeias e 35 terras indígenas reconhecidas.
Para o presidente Francisco Djalma, é essencial agirmos constantemente no combate a essa violência, ampliando os focos de atuação. “Há um déficit em relação a essa questão. Escutam-se várias denúncias e existem muitos processos de violência contra mulher e nas aldeias também”, comentou o desembargador.
Também participaram da conversa a juíza-auxiliar da presidência do TJAC, Andrea Britto, e Isnailda Gondim, da Secretaria de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas Públicas para as Mulheres (SEASDHM). Durante a visita ainda foram discutidos outros assuntos, como a possibilidade de formações e as atividades que estão previstas para acontecerem neste mês de julho para proteção às mulheres.
Francisca Arara agradeceu a oportunidade e falou sobre a necessidade de compartilhar as práticas e saberes das populações indígenas, “eu estou feliz por estar com vocês que defendem não só a causa, mas estão procurando os indígenas, porque nós não somos o problema, somos a solução”.