Um workshop voltado para comunidade indígena está previsto para novembro, em Rio Branco, para debater o assunto com diversas autoridades.
O Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC), por meio da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar (COMSIV), tem atuado para trabalhar atividades em prol dos direitos das mulheres indígenas.
Por dois anos, a coordenadora da COMSIV, desembargadora Eva Evangelista, visitou a Aldeia Morada Nova, no município de Feijó, distante 360 km de Rio Branco. Nas visitas, a equipe do TJAC promoveu uma roda de conversa e, em cada encontro, as indígenas estabeleceram confiança para expor seus problemas, tirar dúvidas sobre o que vem a ser violência contra a mulher, e algumas relatam casos de superação e de como começaram a modificar o modo de vida no lar, após entendimentos sobre violência doméstica.
Decana da Corte, a desembargadora Eva já prepara uma nova ação, que é a realização de workshop voltado para a comunidade indígena, previsto para novembro, em Rio Branco. A ação deve reunir também diversas autoridades para debater o assunto.
Outras ações – A atividade mais recente realizada pelo TJAC ocorreu no município de Jordão, no dia 19 de julho. O local, situado no coração da Floresta Amazônica, possui acesso somente fluvial ou aéreo e a população indígena responde atualmente a 40% da comunidade. Na oportunidade, a equipe da COMSIV realizou palestra sobre os tipos de violência doméstica e a necessidade de a vítima denunciar.
Em seu pronunciamento, a coordenadora da COMSIV, desembargadora Eva Evangelista, enfatizou que a violência contra as mulheres nas aldeias aumenta a cada dia e fazer com que os homens indígenas reconheçam a violência doméstica, e envolvê-los na discussão sobre a Lei Maria da Penha, é um dos desafios atuais.