Iniciativa teve o intuito de capacitar profissionais da Justiça para a questão da acessibilidade e da inclusão social.
A selfie emoldurada de sorrisos não deixa dúvidas: o contentamento dos alunos do Curso “Libras em Contexto – Módulo Básico” atesta o êxito da iniciativa de inclusão social da Escola do Poder Judiciário (Esjud), em parceria com a Universidade Federal do Acre (Ufac).
Os 22 cursistas concluíram o programa, cuja solenidade de encerramento teve as presenças do desembargador-diretor Roberto Barros, de Isaac Dayan, pró-reitor de Extensão e Cultura e da professora Nina Rosa, ambos da instituição de ensino superior.
Os professores Atailto Venâncio, Fernando Chaves e Diemes de França, a qual atuou como intérprete na ocasião, também compareceram ao evento, bem como gerentes da Esjud e alunos/membros do Ministério Público Federal (MPF).
“Ao lado do Curso de Línguas, este curso transformou o dia a dia da Escola. Estou muito feliz com esta parceria e já pretendemos abrir uma nova turma em breve. Aproveito a oportunidade para pedir que os senhores possam multiplicar esse conteúdo apreendido, tão relevante para nossa Instituição e sociedade, inclusive convencendo outras pessoas a fazerem Libras”, disse Roberto Barros.
A Escola fundamentou-se- na Resolução nº 230 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre a adequação das atividades dos Órgãos do Poder Judiciário e de seus auxiliares às determinações exaradas pela Convenção Internacional sobre os direitos de pessoas com deficiência auditiva.
Para o pró-reitor Isaac Dayan, a ação cumpriu o objetivo de estabelecer diálogo com a comunidade interna, ampliando o campo de atuação da Ufac. “Os resultados são bastante positivos, razão pela qual devemos continuar com essa cooperação”, frisou.
“Libras em Contexto – Módulo Básico” foi oferecido em modalidade presencial, com carga horária de 100 h/a.
“Esta experiência nos deixou muito encantados, principalmente devido ao retorno e dedicação dos alunos, que são um exemplo de que nosso trabalho vale a pena”, ressaltou Nina Rosa.
Diemes de França assinalou o tratamento especial dispensado por toda a equipe da Escola. “Nunca eu me senti tão bem recebida, acolhida e atendida como aqui. A gente vem motivada em dar o melhor”, afirmou.
A ação capacitou os profissionais da Justiça diante da necessidade de ampliar melhorar a acessibilidade das pessoas com esse tipo de deficiência.
Mais depoimentos
“Foram dias de muito conhecimento, de muito aprendizado, de contato com pessoas surdas, tão valiosas, mas que ainda vivem à margem de nossa sociedade, pois são tão discriminados. Gostaria muito agradecer à Esjud por proporcionar a nós servidores esse Curso de Libras, que é uma linguagem tão relevante. Quando se adentra no conhecimento dessa nova língua, percebe-se o quanto podemos ser úteis e ajudar essa comunidade que é tão grande”, revelou Dulce Garcia, que atua na 3ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco.
Surda, Monalisa Teixeira falou de sua impressão em participar da atividade como colaboradora: gratidão expressada por meio da língua de sinais; amor ao próximo foi o gesto que ela fez, num aceno ao cultivo por mais solidariedade. “Tenho muito orgulho de vocês por quererem conhecer a cultura surda, promover a acessibilidade e disseminar o altruísmo”, finalizou.