No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o TJAC realiza programação para que a justiça e cidadania alcancem as vítimas de violência doméstica
A mobilização para a 16ª Semana Justiça pela Paz em Casa iniciou na última sexta-feira, 6, com a solenidade de abertura na Cidade da Justiça, um dos locais onde ocorre o mutirão de audiências dos processos pautados com a Lei Maria da Penha e com a entrevista da desembargadora Eva Evangelista concedida ao Boletim TJ Acre, divulgado ao meio-dia na Rádio Aldeia FM.
Para os ouvintes, a coordenadora Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar trouxe informações sobre a programação desenvolvida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC), ou seja, enfatizando que além dos julgamentos, são realizadas atividades educativas nas escolas, grupos reflexivos, atendimentos e sensibilização nas redes sociais, com o intuito de fortalecer o trabalho preventivo.
Com efeito, a primeira pergunta fez uma reflexão sobre as causas da violência de gênero e a entrevistada analisou o contexto atual: “o desvalor da mulher ainda é regido pela cultura da nossa sociedade. Nós temos que aperfeiçoar as relações humanas, pois somente por meio da educação teremos uma força transformadora eficaz para atingir o vetor cultural e, assim, que torne possível alcançarmos a igualdade de direitos”, respondeu.
Outro destaque foi a análise dos dados estatísticos nacionais e estaduais. “A violência doméstica não pode ser desmistificada. Ela existe! Dessa forma, nossa missão é para a desconstrução dos ciclos que ocorrem em inúmeros lares. Esse é um compromisso social do TJAC, da Rede de Proteção da Mulher,de instituições parceiras, do governo estadual e tantos voluntários”, ponderou.
O atendimento à vítima foi então o último tópico abordado. A 16ª Semana Justiça pela Paz em Casa possui cerca de 500 audiências pautadas em 11 Comarcas, nas cinco regionais do estado do Acre. “Eu sonho com essa Justiça Restaurativa. Nós trabalhamos com vidas, com famílias, vemos nos processos os filhos também serem vítimas direta e indiretamente da violência familiar”, disse.
A agenda conduzida pelo TJAC foi instituída pelo Conselho Nacional de Justiça e incentiva que as mulheres em situação de violência denunciem os agressores, por isso a tag #NaoSeCale e #JustiçapelasMulheres, reforçando que o Poder Judiciário dará a resposta e cuidará do processo de forma eficaz.
A íntegra da entrevista está disponível aqui: