Ação de proteção às mulheres que sofrem esse tipo de crime já é executada em todo Acre há um mês com parceria e envolvimento de várias instituições, do setor público e privado
A Campanha nacional “Sinal Vermelho contra Violência Doméstica” está atuando no Acre há mais de um mês, permitindo que mulheres vítimas desses crimes possam procurar ajuda de forma silenciosa. Só é necessário fazer um sinal, a letra X, na mão e apresentar em uma farmácia, que tem o cartaz da campanha. O atendente encaminhará a denúncia as autoridades policiais discretamente.
A ação de proteção às mulheres foi idealizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) em função da subnotificação dos casos de violência contra mulher durante o período de isolamento social. Afinal, a redução das denúncias não representou diminuição desses crimes. No Acre, por exemplo, nesse primeiro semestre, ocorreram 8 feminicídios e 3 tentativas.
Engajamento pela vida
Para ofertar um cana de denúncia silencioso foi lançada a campanha, que conta com a colaboração de diversas instituições públicas e privadas, especialmente, a adesão das redes de farmácias e drogarias. O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) por meio da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv), e a Associação dos Magistrados do Acre (Asmac) encamparam a mobilização em todo o estado.
O Conselho Regional e o Sindicatos das Farmácias, do Grupo Recol Farma e as farmácias da empresa Jcruz Ltda abraçaram a proposta, juntamente com Ministério Público do Acre (MPAC), a Defensoria Pública Estadual (DPE/AC), a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Acre (OAB/AC), Governo do Estado e Prefeitura de Rio Branco.
Além disso, esse engajamento em defesa da vida, conta com apoio dos meios de comunicação do Acre, personalidades públicas e digitais influencers, que contribuíram divulgando em suas páginas pessoais a Campanha. As acreanas, a ativista Gleici Damasceno e a atriz Brenda Haddad também aceitaram o convite e se tornaram porta-vozes da campanha.
Durante videoconferência realizada no início de julho, com a Rede de Proteção à Mulher do Acre, a coordenadora da Comsiv, desembargadora Eva Evangelista, reconheceu o comprometimento e participação das diversas entidades do setor público e privado na concretização da campanha. “Destaco a relevância da participação de todos, instituições públicas e privadas nessa campanha”, comentou.