Para conhecer a dinâmica e formular um programa de teletrabalho similar no TJAC, é que os representantes de diversos setores se reuniram
O teletrabalho tem recebido cada vez mais espaço com o desenvolvimento das tecnologias da informação e a introdução das telecomunicações nas relações de trabalho e impondo um novo ritmo de desenvolvimento das atividades humanas.
Nesse contexto, como forma de aprimorar a atividade, já executada no Poder Judiciário Acreano desde 2017, regulamentada através da Resolução nº 32, do Conselho da Justiça Estadual, é que representantes de vários setores do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), se reuniram, na terça-feira, 4, para conhecerem a boa prática de teletrabalho, que vem se consolidando no âmbito do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).
A prática, que passou a ser adotada pelo TJAM, inicialmente (e de forma experimental), em agosto de 2017, evoluindo para a habilitação de servidores para atuar nas atividades judiciárias no sistema de home office (onde o servidor trabalha em sua residência), foi apresentada, por videoconferência, pelo diretor de Gestão de Pessoas do TJAM, Mauro Saraiva.
Ele explicou que para a liberação, o servidor assume o compromisso –sob pena de desligamento do programa – da produtividade superior àquela dos servidores que trabalham presencialmente; da apresentação de relatórios de atividades a seus superiores realizadas de forma rotineira; a possibilidade de comunicação direta com seus chefes imediatos e a disposição de um ambiente adequado, com os devidos equipamentos de informática necessários para a execução de suas atividades.
A forma trabalhada pelo judiciário amazonense tem se destacado nacionalmente e, inclusive, o órgão recebeu no ano passado, o Prêmio de Práticas em Gestão de Pessoas do Poder Judiciário, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Para conhecer a dinâmica e formular um programa de teletrabalho similar no TJAC, é que os representantes da Presidência, Corregedoria-Geral da Justiça, Diretoria de Pessoas, Escola do Poder Judiciário e do Núcleo de Estatística e Gestão Estratégica (NUEGE) participaram da reunião para tirar dúvidas e trocar experiências sobre o programa que tem como perspectiva a redução de gastos públicos com eletricidade; papel e outros insumos arcados pelo serviço público; a geração de benefícios ao meio ambiente, em virtude da redução do fluxo de veículos e consequentemente diminuição da emissão de poluentes; a redução do fluxo de veículos nos centros; além do favorecimento da qualidade de vida dos servidores.
“O curso feito para habilitar os gestores e os interessados em praticarem o teletrabalho, é fundamental. Evita problemas futuros. Nele, há orientação sobre a produtividade, segurança, a metodologia do serviço entre outros pontos. O programa é uma construção que leva um certo tempo. É uma experiência que se deve adaptar na realidade de vocês”, disse diretor de Gestão de Pessoas do TJ amazonense, Mauro Saraiva.
Na ocasião, a juíza-auxiliar da Presidência, Andréa Brito, agradeceu pelas informações valiosas e destacou que o assunto desperta outras reflexões sobre o processo de trabalho.
O juiz-auxiliar da Corregedoria-Geral, Leandro Gross, abordou sobre a flexibilidade e otimização do trabalho junto com a qualidade de vida do servidor e vários participantes tiraram dúvidas sobre o processo da habilitação e acompanhamento pela equipe multidisciplinar do teletrabalho.
No TJAC, atualmente, estão 83 servidores atuando em teletrabalho.