A construção coletiva de diretrizes e desenvolvimento de planejamento estratégico têm aprimorado a atuação da Rede de Proteção à Mulher.
Atendimento humanizado e melhoria da comunicação institucional foram as pautas da reunião da Rede de Proteção à Mulher, desta quarta-feira, 12. Os temas se relacionam diretamente a qualidade do serviço prestado à sociedade, tendo em vista que a divulgação de informações e o tratamento adequado a vítima afeta diretamente a efetivação de políticas públicas e acesso à Justiça.
A reunião foi liderada pela desembargadora Eva Evangelista, responsável pela Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv). “Temos que reunir poderes e instituições para aperfeiçoar o trabalho. Só assim vai ser possível levar nossa mensagem aos ramais, comunidades e tribos, impactando famílias e garantindo direitos”, disse a decana.
Participaram da videoconferência a consultora do Conselho Nacional de Justiça no Acre, Pâmela Villela, os promotores de Justiça, Júlio César Medeiros e Diana Pimentel, a defensora pública Juliana Caobianco, representando o governo do Estado, a diretora de Políticas para as Mulheres Isnailda Gondim, os delegados Josemar Portes e Elenice Frez. Também estiveram no diálogo a diretora do Departamento de Política para Mulheres de Rio Branco, Lidianne Cabral, do Instituto de Mulheres da Amazônias Concita Maia, do Centro de Atendimento à Vítima Otília Amorim, representantes da Polícia Militar e demais integrantes da Comsiv.
Colaboraram os juízes de Direito Danniel Bomfim, Ivete Tabalipa, Shirlei Hage, Isabelle Sacramento e o juiz auxiliar da Corregedoria-Geral de Justiça Leandro Gross, que apresentou direcionamentos para a execução integrada de ações, desenvolvimento de competências e abordagens com metodologias ativas.
Em sua explanação, o magistrado apontou ser necessário ir além dos conhecimentos técnicos, desta forma, os servidores serão capacitados para que a humanização seja impressa no contato direto dos atendimentos. “Muitas pessoas ainda desconhecem os serviços disponíveis, qual deve ser o local para buscar atendimento, como denunciar, então temos que ir além de cartilhas e textos para chegar nas famílias longínquas, contemplando as diferentes realidades e vulnerabilidades que encontramos no estado acreano”, ponderou Gross.
Outro ponto elencado pelo grupo foi a atuação para minimizar a prescrição de processos. Assim, os participantes debateram linhas para o fortalecimento da rede durante a pandemia e para além deste período, com ações coesas a serem desempenhadas pelas instituições integrantes. “Nesse modelo de administração colaborativa o objetivo é prevalecer a resposta, que é o resultado que esperamos alcançar”, apontou a desembargadora.
Vale destacar que o combate a violência doméstica se efetiva durante todo o ano no Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), em várias frentes de trabalho, mas, especialmente neste mês em que ocorre a mobilização “Agosto Lilás”, a Comsiv juntamente com a Escola do Poder Judiciário promove o 1º Congresso Virtual “Violência Doméstica contra a Mulher – Políticas Públicas na Construção da Efetiva Proteção”, que se encerra nesta quinta-feira, 13. Sendo esse mais um esforço para se comunicar em novas plataformas e alcançar diferentes públicos.