Mesmo para os locais mais afastados, os profissionais continuam ativamente nas ruas para materializar as ordens judiciais
Com o início da pandemia do novo coronavírus, onde os serviços tiveram de ser reinventados em consequência da necessidade do distanciamento social, e também para não serem interrompidos para não prejudicar a população, os oficiais de Justiça, que cumprem a execução de mandados, continuaram executando os serviços sem interrupção.
Os profissionais estão nas ruas durante todo esse período, expondo-se para que o judiciário chegue à casa das pessoas. Embora de forma tradicional, ou seja, presencialmente, a equipe foi reduzida, com os profissionais de grupos de risco afastados. As demandas têm sido cumpridas na capital e interior do estado e todos utilizam-se de equipamentos de proteção individual para evitar o contágio da COVID-19.
A diretora do Foro da Comarca de Rio Branco, juíza de Direito Zenice Cardoso, enfatiza que a atividade desempenhada pelos oficiais de Justiça é de grande importância para que o Poder Judiciário possa cumprir seu papel e agradece ao trabalho de cada um.
“Representam o Poder Judiciário nas ruas, chegando à casa do cidadão nessa pandemia. Não pararam por nenhum minuto, mesmo no plantão judiciário eram chamados a cumprir medidas urgentes e cumpriram sua missão. Agora com uma demanda triplicada, seguem com o trabalho acelerado para dar conta da demanda acumulada. Tenho muito orgulho do papel que desempenharam nessa pandemia, foram destemidos e, sobretudo, eficientes, só tenho a agradecer o trabalho de cada um”, ressalta.
Mesmo para os locais mais afastados, os profissionais continuam ativamente nas ruas para materializar as ordens judiciais. Como foi o caso, nesta semana, de cumprimento de mandados no km 160 da Estrada Transacreana, colocação Recife, Mitibú, Nova Era e Projeto Oriente, às margens do Rio Iaco.
O presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Acre (SINDOJUS/AC), Jackson Costa, salienta que a categoria se sente participativa de ter dado a sua contribuição e colaborado com a prestação jurisdicional nesse momento de incerteza em que o mundo vivencia.
Ele diz que em todo o estado são 99 oficiais de Justiça e que cerca de cinco profissionais foram afastados por se enquadrarem no grupo de risco da COVID-19. Segundo ele, logo no início da pandemia, o sindicato se antecipou para comprar os equipamentos de proteção individual, enquanto do Tribunal de Justiça do Acre, terminava o processo de licitação dos lotes dos EPI’s.