Campanha Apadrinhamento visa divulgar iniciativa que fomenta a doação de afeto, cuidado ou apoio financeiro a crianças e adolescentes abrigadas em casas de acolhimento
No mês das crianças, o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), por meio da Coordenadoria da Criança e Adolescente (CIJ), desenvolve a divulgação de uma campanha do projeto Padrinhos. Intitulada de Apadrinhamento, a iniciativa ganha a adesão do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), que se une para propagar o projeto.
O projeto Padrinhos, que também conta com parceria da Rede de Proteção, contribui com a promoção de direitos e dignidade para crianças e adolescentes. A campanha Apadrinhamento foi desenvolvida pela CIJ em parceria com a equipe de comunicação do TJAC.
“Os Programas sociais da Família Acolhedora e do projeto Padrinhos são de extrema importância, pois é comum encontrarmos crianças ou adolescentes em situação de vulnerabilidade, e que precisam ser retiradas de uma família biológica muitas vezes omissa ou nociva a eles, quando isso acontece, o infante não precisa necessariamente ficar em um abrigo ou acolhimento institucional”, ressaltou o promotor Júlio César de Medeiros, que responde pela 1ª Promotoria Especializada de Defesa da Criança e Adolescente
A desembargadora Regina Ferrari, coordenadora da CIJ, agradeceu o envolvimento do Ministério Público e ressaltou o ato de cidadania e amor que representa ser um padrinho, “não podemos ignorar que há crianças que não tem ninguém que vá pensar nelas! No momento em que estão acolhidas, elas sofrem uma carência tão intensa, que qualquer ato voluntário representa uma grande alegria”.
Seja um padrinho!
Existem quatro modalidades de apadrinhamento: o voluntário, empresarial, afetivo e provedor. Qualquer pessoa maior de 18 anos de idade e que não esteja inscrita no cadastro de adoção pode tornar-se um padrinho ou madrinha, só é necessário ter compromisso e auxiliar as crianças e adolescentes acolhidas em instituições, seja com afeto, suporte financeiro ou disponibilizando suas habilidades profissionais.
O interessado precisa preencher esse formulário online e enviar o documento para o email: rbjuv02@tjac.jus.br, da 2ª Vara da Infância e Juventude da Comarca de Rio Branco.
Com o apadrinhamento crianças e adolescentes acolhidas, por se encontrar em situação de risco, recebem apoio, cuidado e carinho durante o período que permanecem acolhidas em instituições.
Na capital acreana existem três casas de acolhimento para crianças e adolescentes, o Educandário Santa Margarida, a Casa Sol Nascente e a Casa Abrigo Dra. Maria Tapajós. Mas, em todo o estado há nove instituições com essa finalidade.
“Infelizmente, é comum crianças perderem o vínculo com a família de origem, mas elas não podem ficar esquecidas no Educandário, por isso a importância de ‘apadrinhar’ afetivamente, em finais de semana, feriados ou férias. Precisamos dessa empatia da sociedade, a fim de distribuir amor, carinho e afeto a essas crianças e adolescentes inocentes, mas atualmente temos pouquíssimas pessoas inscritas”, destacou o promotor Júlio César de Medeiros.