Reunião foi marcada pela análise da crise cibernética gerenciada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), durante a madrugada do último dia 28 de abril
O encontro dos presidentes do Conselho de Tribunais de Justiça, ocorrido por videoconferência, na tarde desta sexta-feira, 21, foi marcado pelo tema crises cibernéticas, com a exposição do recente ataque cibernético aos servidores do Poder Judiciário do Estado do Rio Grande do Sul.
A presidente do TJAC, desembargadora Waldirene Cordeiro, participou do encontro por videoconferência, no qual foi possível a troca de experiências entre os Tribunais. O juiz-auxiliar da Presidência, Leandro Gross, também esteve presente.
Antônio Braz, da Diretoria de Tecnologia e Comunicação (DITIC) do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), realizou uma exposição sobre como se deu o ataque por ransonware aos servidores da Justiça gaúcha e das ações empreendidas pela equipe de segurança de rede para manter a integridade dos mais de 200 sistemas utilizados pelo TJRS, durante a madrugada do último dia 28 de abril.
“Acredito que fomos bem sucedidos, pois nenhum sistema foi atingido. O início se deu a partir de uma senha conseguida pelo criminoso, ou seja, como na maior parte de ataques desse tipo, foi a partir de um erro humano (fenômeno conhecido como engenharia social). Nós agimos rápido, fechamos o acesso externo, tiramos o site do ar, cortamos acessos de outros países (…) aplicamos passos que estão no protocolo para crises cibernéticas (estabelecido pelo CNJ) e geramos relatório para o Conselho Nacional de Justiça e as autoridades policiais”, disse.
O coordenador do Comitê de Segurança Cibernética do Poder Judiciário, o juiz-auxiliar da presidência do CNJ, Alexandre Abreu, falou sobre as medidas adotadas pelo órgão gestor da Justiça brasileira, ao criar protocolo inicial e estabelecer resolução que determina aos Tribunais que criem seus próprios Comitês, para estabelecimento dos protocolos de gerenciamento de crises cibernéticas. Alexandre Abreu também destacou o grau de maturidade do TJRS, que é considerado um Tribunal de grande porte, para contenção da crise.
Durante o encontro virtual também foi definida a criação do Comitê Permanente de Segurança Cibernética do Conselho de Tribunais de Justiça, que irá promover reuniões periódicas a respeito do tema, mantendo interlocução permanente com o CNJ.