Entidades de Rio Branco expuseram as dificuldades financeiras enfrentadas para manutenção do atendimento
Em 1987, a Organização Nacional das Nações Unidas (ONU) determinou que o dia 26 de junho seria o Dia Internacional de Combate às Drogas. Passaram-se mais de 30 anos e ainda continua sendo preciso realizar campanhas para chamar atenção à toda problemática gerada pelas desigualdades sociais.
O uso crônico de drogas afeta a saúde física, mental e social da pessoa. A juíza-auxiliar da Presidência do TJAC, Andrea Brito, assinalou que as comunidades terapêuticas têm a função social de compor a rede de proteção dos egressos do sistema carcerário e funcionam como alternativas penais, contribuindo para a redução da violência na cidade.
Na última sexta-feira, dia 25, foi realizada uma videoconferência com instituições, representantes de comunidades terapêuticas e entidades civis com vistas a compartilhar a situação crítica vivida neste momento de pandemia de Covid-19. Todas as comunidades terapêuticas do Acre estão com carências em itens básicos de alimentação, dificuldades para pagar a conta de energia, comprar gás e gasolina para os deslocamentos.
Dando voz à essas dificuldades, a Verônica Loureiro apresentou o histórico de convênios e apoios financeiros recebidos nos últimos anos para a recuperação de dependentes químicos. Inclusive, muitos desses recursos foram provenientes de penas pecuniárias das Varas Criminais.
O pastor Gilson Borges enfatizou que a comunidade terapêutica é também um termômetro da sociedade quanto à situação dos moradores de rua: “muitos internos são encaminhados pelo Centro Pop e chegam só com a roupa do corpo. Então, a gente auxilia tirando a documentação, ofertando um local para ficar e fazendo o possível para resgatar a dignidade deles”.
Também participaram da videoconferência o gestor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF), o juiz de Direito Robson Aleixo, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac) José Adriano, o coordenador do Núcleo de Apoio e Atendimento Psicossocial (Natera) Fábio Fabrício, o defensor público Celso Rodrigues.
Para manter em funcionamento e/ou abrir mais vagas de acolhimento é preciso a renovação do apoio à essas comunidades. Desta forma, será realizada campanha de arrecadação de doações de produtos alimentícios e mobilização de padrinhos para itens financeiros específicos.