Magistrada realizou vistoria do caminho aberto para construção da trilha ambiental; Área de Preservação Permanente afetada ao TJ tem mais de 70 mil metros quadrados
A presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), desembargadora Waldirene Cordeiro, realizou na manhã desta sexta-feira, 9, uma vistoria no Bosque da Justiça, Área de Preservação Permanente (APP) sob responsabilidade e gestão do Poder Judiciário acreano, desde 2018.
Acompanharam a desembargadora-presidente, o diretor de gestão estratégica do Tribunal de Justiça, Raimundo Angelim; a secretaria executiva do NUSAP (Núcleo Socioambiental Permanente), Val Amorim; o diretor regional do vale do Alto Acre, Sergio Quintanilha; a diretora judiciária do TJ, Raquel Cunha; entre outros membros da Administração.
Durante a vistoria a desembargadora-presidente percorreu todo caminho aberto pelas equipes da Diretoria Regional do Vale do Alto Acre (DRVAC) para construção de uma pista para realização de atividades físicas e visitas de alunos de escolas públicas e privadas que poderão receber aulas de educação ambiental no local.
A desembargadora-presidente e os membros da Gestão identificaram pontos do Bosque da Justiça que irão demandar maior atenção das equipes para a preparação da APP à visitação pública e também, em especial, da comunidade escolar.
Os locais por onde passam pontos de drenagem e onde deverão ser construídas pontes são exemplo disso. Outro ponto foi a necessidade de construção de uma cerca em parte da Área de Preservação Permanente, para evitar a entrada de vândalos e até mesmo de caçadores, uma vez que animais silvestres, como capivaras, macacos e várias outras espécies têm o local como habitat.
Estão previstas a construção de pontes, bancos, locais de descanso (namoradeiras), além de um projeto de arborização, bem como o replantio de partes da APP que já não apresentam mais suas características originais, entre várias outras intervenções para preparação do local, que conta com uma área total de 71.136,708 m².
Responsabilidade ambiental e premiação
O requerimento e a afetação da APA ao TJAC representa, não somente a responsabilidade socioambiental do Poder Judiciário, mas também o compromisso da Justiça acreana com o futuro das próximas gerações e a conscientização ambiental necessária para mudar o cenário atual.
O projeto de educação socioambiental do NUSAP já concorreu – e ganhou, em segundo lugar – ao Prêmio A3P (Agenda Ambiental na Administração Pública) do Ministério do Meio Ambiente. A premiação se deu pelo uso/manejo sustentável dos recursos naturais por parte do TJAC. Embora o prêmio tenha ocorrido em 2019, o troféu foi entregue no final de 2020, em razão da pandemia.