Roda de conversa com cumpridores de penas alternativas integra XVIII Semana Justiça pela Paz em Casa

A roda de conversa tem o objetivo de levar a reflexão e conscientização sobre o combate a violência contra a mulher, bem como faz alusão ao Agosto Lilás e aos 15 anos da Lei Maria da Penha.

“Admitir que errou e falhou é ter coragem” e “a parte principal da Lei Maria da Penha é corretiva e preventiva”, assim desabafaram dois cumpridores de penas alternativas no encontro realizado na manhã desta quinta-feira, 19, durante uma conversa em contato com a natureza, realizado no Parque Capitão Ciríaco.

Aderindo todas as medidas sanitárias em vigor, o ambiente que inicialmente era marcado por olhares sérios e desconfiados por trás da máscara, aos poucos foi ficando mais leve e descontraído, abrindo espaço para o diálogo.

A atividade é desenvolvida pelo Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), por meio da Central Integrada de Alternativas Penais (CIAP), alusiva ao Agosto Lilás e o TJAC aderiu a agenda integrando à XVIII Semana Justiça pela Paz em Casa, e aos 15 anos da Lei Maria da Penha.

 

A coordenadora da Central Integrada de Alternativas Penais (CIAP) e assistente social Priscila Oliveira, esclareceu que devido a pandemia da novo coronavírus, os encontros foram impedidos de ocorrerem. Porém, aproveitando ações pontuais, os homens cumpridores em penas alternativas foram convidados para participarem dessa atividade. Segundo ela, com o objetivo de levar a reflexão e conscientização sobre o combate a violência contra à mulher.

Representando a Coordenadoria Estadual das Mulheres em situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), estive presente a juíza-auxiliar da Presidência e titular da Vara de Penas e Medidas Alternativas (VEPMA) da Comarca de Rio Branco, Andrea Brito, a psicóloga da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv), Eunice Guerra, e a assistente social da VEPMA, Mirlene Taumaturgo.

A juíza de Direito Andrea Brito dialogou sobre questões cotidianas, culturais e comportamentais, que estão relacionadas ao machismo e os modos de opressão e violência comuns nos lares acreanos. 

“A proposta é conscientizar os participantes com vistas a uma verdadeira mudança de comportamento, afastando, assim, a violência doméstica contra mulheres. É esse olhar diferenciado que o Poder Judiciário precisa conferir para erradicar a violência contra mulher, pois é necessário punir e também refletir e conscientizar esses autores, convidando todos a mudarem de atitude”, disse a juíza Andrea Brito.

 

A educadora social, com experiência no movimento de mulheres e de direitos humanos há mais de 20 anos, Lidiane Cabral, convidada como voluntária na ação, disse que acredita que essas ações são de extrema importância para que os responsáveis pelas agressões, possam refletir sobre as suas ações.

Carinho, responsabilidade, paciência, apoio, aprendizado, coragem, evoluir, fraqueza, sensibilidade, solidão, maturidade, vencer, dor, sinceridade, paz e compaixão, palavras que deveriam ser comuns em um relacionamento ou ambiente familiar, foram utilizadas numa dinâmica realizada pela educadora social.

Cada cumpridor de pena alternativa tirava uma palavra de uma caixa e era convidado a dizer com liberdade o que aquele vocábulo lhe representava. Desta forma, o dialogo fluiu com trocas de experiências, desabafo, emoção e outros sentimentos represados. 

Elisson Nogueira Magalhaes | Comunicação TJAC

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