Representantes do TJAC e MPAC se reuniram com integrantes da rede de atendimento à infância e juventude e membros do Encontro de Casais com Cristo da Diocese de Rio Branco.
O programa Família Acolhedora, que possibilita uma família/indivíduo a receber até duas crianças em sua residência em regime de guarda provisória, foi tema de reunião entre representantes do Tribunal de Justiça do Acre e o Ministério Público do Estado do Acre, na terça-feira, 28, com integrantes da rede de atendimento à infância e juventude e membros do Encontro de Casais com Cristo (ECC) da Diocese de Rio Branco.
A reunião, que ocorreu por videoconferência, é continuidade dos encontros promovidos pela Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ/TJAC) que vem empenhada na criação de propostas em como conseguir novos adeptos ao projeto.
No dia 15 de setembro, por exemplo, a unidade promoveu encontro com magistrados lotados no interior do estado para melhorias na logística com intuito de diminuir o tempo de espera para que o menor chegue até a família que irá acolhê-la, evitando também, que uma família cadastrada esteja sem nenhuma criança.
Do encontro desta terça-feira, participaram a desembargadora Regina Ferrari, que é coordenadora da CIJ/TJAC; a juíza de Direito da Comarca de Plácido de Castro, Isabella Sacramento; representantes dos Conselhos Tutelares da capital, Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos de Rio Branco, além de integrantes do Serviço de Acolhimento Familiar de Rio Branco, dos Conselhos Estadual e Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e de Assistência Social e integrantes da Igreja Assembleia de Deus. Do Ministério Público, estavam os promotores de Justiça Francisco Maia Guedes e Vanessa de Macedo Muniz, da Promotoria Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente e Centro de Apoio Operacional (Caop).
Na oportunidade, a desembargadora-coordenadora destacou sobre a necessidade do poder público e sociedade se unirem para que os direitos básicos das crianças sejam garantidos. Ela ressaltou, ainda, a importância do vínculo da criança com um núcleo familiar .
“O acolhimento às crianças sempre existiu pela força do amor e solidariedade. Temos crianças de todas as idades portadoras de necessidades e o único lugar onde elas podem suprir essas necessidades é em um lar com uma família”, afirmou.
Antes de a criança ser encaminhada à família que irá acolhê-la, a família passa por um processo de cadastramento e capacitação. Podem ser acolhidas, por um período determinado, crianças, adolescentes, sozinhos ou em grupos de irmãos, que estejam em situação de risco pessoal e social, dando-lhes acolhida, amparo, amor e a possibilidade efetiva do direito à convivência familiar, realizando, paralelamente, um trabalho de fortalecimento da família natural, viabilizando a reinserção dos protegidos ou encaminhando-os para colocação final em família substituta, inclusive por meio da adoção.
O promotor de Justiça Francisco Maia agradeceu a participação das instituições disse ser um momento em prol das crianças e adolescentes que precisam do poder público e da sociedade para que possam enfrentar tantas violações existentes.