Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) levou o serviço de acupuntura auricular e entregou panfleto informativo sobre de violência doméstica e familiar
No salão amplo, no Centro Comunitário São Marcos, na Cidade do Povo, várias mulheres e crianças foram atendidas com serviços de cuidado e orientação, na manhã desta quarta-feira, 13. O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), por meio da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv), participou do momento com a acupuntura auricular e entregando panfletos informativos sobre os canais de atendimentos voltados as mulheres vítimas de violência.
A ação, que integra a agenda de atividades do Outubro Rosa, mês dedicado à prevenção do câncer de mama e de colo de útero, foi organizado pelo Estado do Acre, através da Secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres (SEASDHM). Mas várias instituições parceiras estavam envolvidas, entre eles: o TJAC, a Ordem dos Advogados do Brasil seccional Acre ( OAB/AC), o Hospital do Amor, Santa Casa da Amazônia, assim como, a Igreja Católica que cedeu o espaço e convidou a comunidade para participar.
Atendimentos e conversas
Dentro do salão foram realizados os atendimentos do Tribunal de Justiça, agendamentos para exames preventivos ao câncer de colo do útero e de mama e brincadeiras com as crianças, como maneira de comemorar o Dia das Crianças, 12 de outubro. Já do lado de fora, no ônibus lilás, estavam disponíveis os serviços de testes rápidos de saúde, assistência social e psicológicos, orientação jurídica, e ainda ocorreram breves conversas feitas pela secretária da SEASDHM, Ana Paula Lima, e a enfermeira do hospital do Amor sobre a importância dos cuidados com saúde da mulher.
A psicóloga do Judiciário estadual, Eunice Guerra, passou a manhã atendendo uma fila de pessoas, que parecia não diminuir, com a auriculoterapia. A técnica é parte essencial da medicina chinesa tradicional e busca combater doenças físicas e emocionais, como diabetes, hipertensão arterial, ansiedade, depressão, insônia. Além disso, o servidor lotado na Comsiv, Eraldo Rangel, entregou os folders, com informações sobre direitos das mulheres.
Avaliação dos serviços
Para a irmã Izelba Maria Volpatto, da ordem franciscana missionária Maria Auxiliadora, a atividade é importante por atender e prestar auxílios as pessoas que precisam. A religiosa, responsável por cuidar do espaço, disse que o Centro Comunitário está sempre com as portas abertas para quem quiser fazer o bem. “Nós da igreja católica, sempre tivemos a posição que defenda a vida. De todos que tem isso, nós somos parceiros. Então, é uma alegria grande ter você aqui trabalhando conosco. E sempre que for defendendo a vida, podem contar conosco”, disse Volpatto.
Elza Ribeiro, de 43 anos, veio do bairro Santo Afonso, ao lado da Cidade do Povo, para aproveitar a oportunidade dos atendimentos. Mãe de seis filhos, ela buscou o agendamento para os exames preventivos e enfrentou a fila para fazer a auriculoterapia, que usa cristais, agulhas ou, como foi o caso desta manhã, sementes na orelha para tratar dores em outras partes do corpo. “É difícil a gente achar essas oportunidades, ai hoje eu resolvi vim. E esse atendimento no ouvido, eu achei bom”, comentou.
Já Maria Olívia Maia da Costa, 63, relatou que foi a primeira vez que teve um atendimento assim. A senhora contou que desenvolveu alguns problemas de saúde após a morte do marido há seis meses, por isso, foi importante ser atendida e ouvida. “Eu estou achando maravilhoso. Eu nunca tinha tido um atendimento assim. Parabéns e muito obrigado por me ouvirem”.