Seja uma Família Acolhedora e faça a diferença na vida de uma criança. A iniciativa é desenvolvida pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos com apoio do TJAC
A iniciativa é desenvolvida em parceria com o Tribunal de Justiça, por meio da Coordenadoria da Infância e Juventude. Atualmente, há apenas quatro famílias cadastradas, por isso a ação foi divulgada no evento católico, a fim de sensibilizar mais voluntárias e voluntários para o acolhimento temporário de crianças que estão em situação de vulnerabilidade, afastados por medidas judiciais da família de origem.
O coordenador do Serviço de Acolhimento Familiar (SAF), Crispim Machado, falou sobre a mobilização de voluntários: “os casais que são ativos em comunidades cristãs seguem mais claramente o princípio de ajudar o próximo, por isso são mais sensíveis a causas como essa, onde temos crianças que são vítimas de abandono, maus tratos e negligência. Além disso, esses casais possuem uma estrutura familiar em potencial para acolhimento e que podem dar para essas crianças uma oportunidade de ressignificar os dias de sua vida, superando os traumas com amor, mesmo que provisoriamente”.
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Em setembro, uma criança (a da foto acima) foi recebida por uma Família Acolhedora. A psicóloga Jercilane Rege compartilhou a sua percepção sobre a mudança no aspecto cognitivo durante o acompanhamento psicossocial: “houve uma diferença nítida no comportamento do menino, que estava retraído e com dificuldades para andar. À medida que foi recebendo afeto, ele obteve o estímulo que precisava… e hoje corre e brinca naturalmente”, exemplificou.
A profissional explica que o acolhimento possibilitou a criação de relações interpessoais mais afetuosas e ofertou uma estrutura de segurança e amor. Consequentemente, o resultado foi o desenvolvimento da autoestima e autonomia da criança. “É importante que desde pequeno, eles tenham a referência familiar, pois é a partir disso que cada um consegue estabelecer relações duradouras, por isso a família é uma referência fundamental”, enfatizou a psicóloga.
A desembargadora Regina Ferrari, coordenadora estadual da Infância e Juventude, reforça o convite para que mais pessoas se cadastrem como Família Acolhedora. “Imagina as situações que são denunciadas ao Conselho Tutelar e que levam os pais a serem processados. Até que tudo seja solucionado, essa criança precisa estar em um ambiente saudável e recebendo interações afetivas para que o mal seja cessado. A família acolhedora se torna essa apoio, oferecendo esse colo, atenção e carinho”, explica.
Famílias ou indivíduos podem se cadastrar no programa, sem restrição de gênero ou estado civil. Saiba mais: (68) 3223-6768 ou 99946-5457.