Centro Cultural do Juruá sedia roda de conversa em homenagem ao desembargador Pedro Ranzi

No bate-papo, que transcorreu sem formalidades,  amigos de longas datas do desembargador puderam compartilhar vivências que tiveram ao longo desses mais de 40 anos em que o desembargador escolheu o Acre para viver.

Humanidade, simpatia, simplicidade, amizade, respeito, responsabilidade. Esses e tantos outros adjetivos classificaram a postura do desembargador Pedro Ranzi durante uma roda de conversa, realizada no Centro Cultural do Juruá, com pessoas contemporâneas da região. A atividade, promovida na quinta-feira, 26, marcaram as primeiras homenagens ao desembargador que entrará com aposentadoria compulsória a partir do próximo mês, após 34 anos de ingresso na magistratura.

No bate-papo, que transcorreu sem formalidades, antigos amigos do desembargador puderam compartilhar vivências que tiveram ao longo desses mais de 40 anos em que o desembargador escolheu o Acre para construir o futuro.

Quarto filho de oito irmãos, o desembargador Ranzi vem de uma família humilde de agricultores de Espumoso (RS) e enfrentou muitos obstáculos para chegar a Corte Acreana. É formado em Direito pela UFAC, mas antes de ingressar na magistratura acreana percorreu trilhas políticas em Cruzeiro do Sul, onde foi secretário-geral do Município, em 1970 e, no ano seguinte, prefeito.

A chegada dele ao Acre foi contada por diversas diretrizes aos que tiveram momentos alegres, tristes e também de gratidão desde quando o desembargador era conhecido por Pedrinho e passou a ser Pedro.

A desembargadora-presidente Waldirene Cordeiro parabenizou aos participantes da roda de conversa e refletiu o quão importante e satisfatório é se reunir para falar de coisas boas. Ela disse ser um momento significativo e lembrou de, quando advogada, a primeira unidade que ela entrou foi a Vara de Entorpecentes e Delitos de Trânsito, momento em que teve o primeiro convívio com o desembargador.

“Nesses dois anos de pandemia, que precisamos ficar distantes de todos, percebemos o quanto esses momentos de harmonia entre amigos são importantes. Hoje podemos conversar em roda, vendo a expressão de alegria nas pessoas, além de abraçar. Esse encontro não é uma despedida, mas uma forma de homenagear o desembargador Pedro Ranzi que é um exemplo de sabedoria para nós e que tanto fez pela comunidade da terra dos Nauas e o Estado do Acre. Sinto-me lisonjeada em participar desse momento”, disse.

Presente também na atividade, o desembargador Samoel Evangelista, que possui cerca de 40 anos de convivência com o desembargador Ranzi, lembrou de quando era promotor de Justiça na região e ainda do amor que o desembargador tem por Cruzeiro do Sul.

“Quando a Presidência do Tribunal de Justiça resolveu tirá-lo daqui de Cruzeiro do Sul, ele não aceitou. Foi até ao STJ contestar e ficou em Cruzeiro. O coração dele é maior que ele. Possui uma maneira diferente de fazer justiça”, ressaltou.

Outra autoridade presente foi a procuradora de Justiça Patrícia Rêgo. “Desembargador Pedro tem muitas virtudes, mas a que se destaca é a capacidade de como magistrado, ter empatia. De se colocar no lugar daquele que está sendo julgado, das vítimas, de se colocar no lugar dos jurisdicionados, daqueles que procuram justiça. Esse é o diferencial do desembargador Pedro”, enfatizou.

A roda de conversa no Centro Cultural foi uma das programações da agenda que os magistrados cumpriam em Cruzeiro do Sul. Com a proximidade da aposentadoria do desembargador Ranzi, eles decidiram promover sessão itinerante da Câmara Criminal no município em forma de homenagem.  

No encontro, estiveram presentes empresários, representantes maristas, amigos de longas datas e admiradores. Cada um com fatos de gratidão pelas atitudes do desembargador.

Beatriz Barroso Cameli foi uma das presentes que relatou sobre o caso do juiz que proibiu assobios no Acre, da fundação do Centro Cultural, do nome dado ao Rio Gregório, das ajudas que o desembargador fez ao povo de Cruzeiro do Sul entre outros casos. “As pessoas fazem parte das nossas histórias. Nós estamos fazendo história. Parabenizo a todos que aqui estão”, ressaltou.

Ao final do encontro, o desembargador recebeu um banner de homenagem da sociedade cruzeirense pelos relevantes serviços prestados em prol do Acre em especial a terra dos Nauas. O banner veio com a pintura das bandeiras do Acre, do Rio Grande do Sul e de Cruzeiro do Sul.

Sem segurar a emoção por diversas vezes, o desembargador Pedro Ranzi agradeceu aos participantes e lembrou do início de carreira e dos cargos ocupados no Judiciário, além da atuação dele na segunda maior cidade do Acre.

Ana Paula Batalha da Silva | Comunicação TJAC

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