Proposta educacional do Órgão de Ensino é ir além das atividades laborais, com a conscientização diária sobre atos de preconceito e discriminação
Dezenas de pessoas unidas contra o preconceito e a discriminação. Foi assim que a Escola do Poder Judiciário do Acre (Esju) promoveu na segunda-feira, 6, o Webinário “Racismo no Poder Judiciário”. O evento trouxe à reflexão sobre o tema magistradas e magistrados, servidoras e servidores, e comunidade jurídica, além de acadêmicos de diversas instituições de ensino superior.
“O tema deste webinário deve pautar não apenas nossas atividades laborais, mas o nosso dia a dia como pessoas que defendem o respeito, a empatia e a inclusão. Também demonstra que, se a sociedade fosse igualitária e justa, não precisaríamos falar sobre questões de raça, sexo, gênero e cor da pele, como estamos fazendo aqui”, salientou a desembargadora Regina Ferrari, diretora da Esjud.
A atividade de duas horas/aula teve como mediadora a juíza de Direito Maria Rosinete, presidente da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac), que considerou a necessidade de “sair da zona de conforto” e debater a temática dentro do espaço de atuação”.
As palestras
As palestras foram conduzidas pela promotora de Justiça Ministério Público do Estado da Bahia, Lívia Sant’Anna, e pela mestra em Direito, Estado e Constituição pela UnB, Lúcia Ribeiro.
“É preciso mudar as práticas institucionais, pois no Brasil o Direito, que deveria ser um instrumento de emancipação das pessoas, acaba sendo usado para manutenção de privilégios”, defendeu Lívia Sant’Anna.
Já Lúcia Ribeiro destacou em sua fala a Década Internacional dos Afrodescendentes (2015 a 2024), instituída pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Resolução 68/237, com vistas ao reconhecimento, justiça e desenvolvimento da população negra.
Quer assistir às palestras? Acesse ao webinário na íntegra em nossa página no YouTube (veja aqui).