Presidente do Tribunal de Justiça do Acre participa de evento realizado pelo Conselho Nacional de Justiça e reforça compromisso de atual administração com ações de fomento à inovação
Possibilitar o acesso à Justiça nos estados da Amazônia é um desafio permanente aos tribunais diante das distâncias e peculiaridades da região. Buscar soluções inovadoras, com uso da tecnologia e de ações de acesso a ela, é o foco do Inova Norte, realizado nesta segunda-feira, 25, em Belém, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O evento reuniu tribunais de toda a região Norte, com intuito de disseminar a cultura da inovação e das boas práticas que lhe são inerentes, bem como apoiar o desenvolvimento dos laboratórios de inovação nos tribunais integrantes da Rede Renovajud, conforme competências do Comitê Nacional Gestor da Inovação previstas na Resolução CNJ n. 395/2021.
A presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), desembargadora Waldirene Cordeiro, acompanhada do juiz auxiliar, Leandro Gross, participou da iniciativa que teve como cerne, a troca de informações e conhecimentos.
Na abertura oficial a corregedora nacional de Justiça, Ministra Maria Thereza de Assis Moura, falou da simbologia que é realizar um evento dessa magnitude na região Norte do país, e o quanto isso evidencia o propósito do CNJ de fomentar no Poder Judiciário de todo o território nacional, a cultura da inovação e as boas práticas por ela impulsionadas.
Segundo ela, a inovação deve ser assimilada como um elemento propulsor de mudanças em toda a cultura organizacional, envolvendo a promoção de melhorias, buscando uma jurisdição mais humana, acessível, democrática, transparente, sustentável e solidária.
“É importante perceber que práticas inovadoras são aquelas que favorecem a transparência, incrementam nossos serviços com racionalização da força de trabalho, direcionam nossos empenhos e constroem soluções, tanto na gestão de nossas rotinas quanto no exercício da jurisdição. E as soluções serão verdadeiramente inovadoras quando forem concebidas de forma participativa, horizontal e democrática”, ressaltou.
A presidente do TJAC, desembargadora Waldirene Cordeiro, ressalta que a atual administração da qual é presidente, e tem ao seu lado como vice-presidente, o desembargador Roberto Barros, e corregedor-geral, o desembargador Elcio Mendes, reafirma o compromisso de fomentar a cultura da inovação no Poder Judiciário acreano, inclusive, com o Laboratório de Inovação, que está em fase de implementação.
“A inovação pode e deve ser estratégica para o Poder Judiciário. A partir de nossa missão maior que é a garantia dos direitos, temos atuado com o olhar sensível a melhorarmos cada vez mais a prestação de nossos serviços. Nossa região em especial tem muitos desafios, pois sabemos que a Amazônia é cheia de peculiaridades, mas acreditamos que por meio de ações colaborativas, como as que o laboratório de inovação promete possibilitar, possamos materializar ideias com soluções efetivas para superar obstáculos”, disse a desembargadora-presidente.
Laboratórios de Inovação
O Inova Norte contou com a presença da Coordenadora do Laboratório de Inovação e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Liods/CNJ), a conselheira Salise Sanchotene, que fez uma apresentação sobre a ferramenta e sua atuação.
Segundo ela, a integração entre a inovação e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) se tornam uma espécie de guia para todos. Ela disse ainda que não cabe ao Poder Judiciário resolver a questão da exclusão digital, mas suas iniciativas podem contribuir para estreitar esse caminho.
“Os próprios Laboratórios de Inovação foram concebidos como espaço, mas não é sobretudo de espaço, mas de soluções criativas. Essa é a riqueza de trabalharmos de forma colaborativa, nos permite ter um leque de diferentes possibilidades. Os Laboratórios de Inovação estão imbuídos de tratar dos problemas enfrentados pelo cidadão no acesso a Justiça para pensar soluções úteis, simples, econômica. São ambientes para auxiliar e ajudar a romper barreiras” finalizou.
Troca de experiências
O evento contou ainda com a apresentação da plataforma SireneJud, que é uma ferramenta de integração e monitoramento de dados relacionados a processos ambientais no país. Desenvolvida em parceria entre o CNJ e o Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (Pnud), ela amplia a transparência dos dados do Poder Judiciário sobre ações ambientais, cíveis e criminais.
Casos de experiências inovadoras realizadas em alguns tribunais também foram apresentadas, assim como ações do próprio CNJ. Também foram realizadas entre os participantes, as oficinas: “Inovação e Propósito” e “Inovação e Metodologias: Design Thinking”.