A histórica exclusão das mulheres das esferas de poder é um assunto abordado em diversos tratados e conferências internacionais
Nesta segunda-feira, dia 22, houve sessão do Tribunal do Júri na Vara Única de Capixaba. O julgamento foi presidido pela juíza Louise Kristina, titular da unidade judiciária, com a atuação da promotora de Justiça Laura Miranda e a defensora púbica Gabriella Virgílio.
Deste modo, no mês da visibilidade da luta pelo fim da violência contra a mulher, onde vários tipos de violência são cometidos em razão da condição feminina, enfatizou-se a força da atuação das mulheres no sistema de Justiça.
A ocupação em espaços de liderança rompe a caracterização do que são concebidas como tarefas tradicionais do gênero fluindo para o exercício da equidade. “Quero registrar que neste julgamento as três instituições, Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública foram representadas por integrantes do sexo feminino, o que demonstra um avanço muito grande na luta das mulheres por espaços de expressão e notoriedade, além do reconhecimento profissional e social. Podemos avançar nessa pauta de forma extremamente positiva, servindo como exemplo claro e concreto que o lugar da mulher é onde ela quiser estar”, disse a magistrada.
Em sua obra “Gênero, patriarcado e violência”, Saffioti reflete sobre as representações e práticas sociais, nesse sentido a socióloga ponderou: “a experiência histórica das mulheres tem sido muito diferente da dos homens, exatamente, porque, não apenas do ponto de vista quantitativo, mas também em termos de qualidade, a participação de uma é distinta da de outro. Costuma-se atribuir estas diferenças de história às desigualdades e estas desempenham importante papel nesta questão”.