Na sexta-feira, 5, a Central de Processamento Eletrônico (Cepre) recebe servidores e servidoras das cinco varas cíveis da Comarca de Rio Branco e para preparar a nova equipe é realizada capacitação na quinta e sexta-feira, dias 4 e 5 de agosto
Em funcionamento há 17 dias úteis, tendo realizado 7.967 movimentações, destas 1.499 processos arquivados, 1.208 documentos expedidos e composta por 11 servidores e servidoras. Esses são alguns dados da Central de Processamento Eletrônico (Cepre) do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC). Mas, esses números irão aumentar, a partir desta sexta-feira, 5, quando servidoras e servidores dos cartórios judiciais das varas cíveis da Comarca de Rio Branco integram a equipe da unidade, que nesse pouco tempo de prestação jurisdicional surpreende pela produtividade.
Já nos primeiros cinco dias de funcionamento, a Cepre atingiu a meta esperada para alcançar em 90 dias, ao movimentar 2.717 e baixar 1.288 processos. O servidor Sean Campos de Souza, há 10 anos do Judiciário, fez parte da primeira equipe de servidores lotados na Central e enfatizou: “Eu nunca consegui tanto em um único dia”.
O servidor, que antes de ir para Cepre só tinha sido lotado no 1º Juizado Especial Cível da Comarca de Rio Branco, estava conversando com os integrantes do Judiciário das cinco varas cíveis da capital que estão fazendo o curso “Conhecendo a Central de Processamento Eletrônico – Cepre”, durante a quinta e sexta-feira, 4 e 5, em uma das salas de aula da Escola do Poder Judiciário (Esjud).
Com a chegada dessa nova equipe especializada nos feitos das varas cíveis, a Central acrescentará ao seu acervo mais 10.414 processos. Por isso, a coordenação da Cepre, composta pelo desembargador Samoel Evangelista (superintendente) e o juiz de Direito Alex Oivane (coordenador), juntamente com a presidência do TJAC, Corregedoria-Geral da Justiça (Coger) e a Esjud prepararam a formação.
Esses dados demonstram a realização de um sonho das gestões do Tribunal do Justiça, como falou o superintendente da Cepre, desembargador Samoel Evangelista, no dia 14 de julho, na cerimônia de inauguração da unidade. “Esse é um sonho que foi acalentado há muitos anos, nós temos certeza que o êxito desse empreendimento é o êxito do nosso TJAC, do Poder Judiciário do Estado do Acre e, sobretudo, de seus jurisdicionados. Contamos com o empenho dos nossos juízes, dos nossos servidores e temos certeza que a Cepre será um êxito”.
Curso
A ação educativa, que tem 12 horas/aula também possui além do aspecto instrucional um caráter de acolher e auxiliar os novos integrantes da Cepre a lidarem com a transição e mudança, tanto que foram tratados os seguintes assuntos: gestão de mudança na administração pública; trabalho x saúde; e foi feita a apresentação do projeto piloto da Cepre, onde foram debatidos a estruturação do espaço físico, as normatizações e discorrido sobre a padronização de fluxos e rotinas das atividades na unidade.
O conteúdo foi trabalhado por quatro palestrantes, a psicóloga Josineia Costa, o fisioterapeuta Rafael Muniz e os servidores Thiago Alves Menezes e Josemar Mesquita. Já no segundo dia da capacitação, os servidores e servidoras das varas cíveis terão encontro presencial na Cepre, com a diretora da Cepre, Creuziane Santos de Oliveira, para se integrarem a equipe.
Cepre
A Central de Processamento Eletrônico é uma realidade dentro da Justiça acreana, com desempenho promissor e contínuo aperfeiçoamento e crescimento. A proposta é implantar esse modelo de trabalho dentro de mais cartórios judiciais. É um modelo de trabalho para otimizar o tempo e gerar mais agilidade nos tramites processuais.
O corregedor-geral da Justiça, desembargador Elcio Mendes, engajado na consolidação da unidade, nas viagens que tem realizado junto com a desembargadora-presidente, Waldirene Cordeiro, para entregarem os novos computadores às comarcas do interior, tem comentado sobre a importância desse trabalho da Central de Processamento.
O depoimento do servidor Sean comprova a efetividade do trabalho da Cepre. Ele revelou que estava ansioso com receio quanto a mudança nos fluxos e rotinas de trabalho, sem saber direito como seria. Mas, adaptou-se ao novo ambiente de trabalho e ainda tornou-se defensor.
“Agora eu estou defendendo a Cepre. Mudou nossa forma de trabalhar, mas estou feliz com o local e a produtividade. Eu fui cobaia, fomos os primeiros a trabalhar lá. E vai ser muito trabalho. Mas, o próprio Tribunal sabe que é uma mudança e está dando toda a estrutura”, comentou o servidor.