A leitura auxilia os sentenciados a visualizar um percurso de vida diferente para o futuro
O programa Presídios Leitores recebeu uma doação de obras literárias do Tribunal de Justiça do Acre. O repasse de livros foi realizado pela bibliotecária Elinei Santana, visando incentivar as práticas de leitura no ambiente do cárcere.
Em campanha interna para doação de livros, muitas obras entregues pelas servidoras e servidores, magistradas e magistrados, desembargadoras e desembargadores não se adequaram ao acervo da Biblioteca Dr. Alberto Zaire, por isso ganharam um novo destino.
“Nosso acervo é de Direito, história do Direito, ou seja, uma literatura técnica. Estou organizando também um repositório de história e literatura do Acre. Temos ainda os Diários Oficiais da Justiça de 1983 a 2009 e do Estado de 1963 a 2009, portanto separei os livros de literatura e autoajuda para contribuir com o projeto, que é apoiado pelo Poder Judiciário”, disse Elinei.
O programa Presídios Leitores é coordenado pelo Grupo de Investigação, Leitura e Vida da Universidade Federal do Acre (UFAC) e atualmente é desenvolvido na Unidade Penitenciária Manoel Neri da Silva, em Cruzeiro do Sul. No local há 713 reeducandos, sendo 695 homens e 18 mulheres.
Além do apoio institucional do Poder Judiciário do Acre, a iniciativa conta com a parceria do Instituto Penitenciário do Acre, Secretaria e Estado de Educação, Cultura e Esporte (SEE), Instituto Federal do Acre (Ifac) e Academia Acreana de Letras.
Com o slogan, “A liberdade passa pela leitura”, o incentivo à ressocialização, cultura e educação visa contribuir com a formação escolar e humana dos apenados. A atividade de leitura pode ser contabilizada para a remição da pena. Cada livro lido por um reeducando diminui a pena em quatro dias. Com um máximo de um livro por mês, é possível reduzir até 48 dias por ano. A partir da leitura são produzidas redações e os trabalhos produzidos são encaminhados para avaliadores.
Se você também estiver interessada(o) em contribuir, pode deixar sua doação na Cidade da Justiça, há um banner do projeto na recepção do Fórum Criminal ou também no Palácio da Justiça, situado no centro de Rio Branco.