Programa é um projeto a partir de um convênio com o TJAC com a FIEAC. Nesse convênio com a disponibilização de recursos da Assembleia Legislativa, o TJAC conseguiu incluir 35 jovens no programa, todos eles são de vulnerabilidade social.
Nesta quarta-feira, 7, os 32 jovens estagiários do Programa Radioativo, que tem como objetivo disponibilizar qualificação profissional a adolescentes em situação de conflito com a lei e outras situações de vulnerabilidade social, finalizaram as atividades de 2022.
O encerramento, que ocorreu no auditório da Escola do Poder Judiciário (ESJUD), foi marcado por alegria e semblantes de realização e esperança em cada jovem que, com a oportunidade do primeiro emprego, passará as festas de fim de ano de uma forma melhor.
Em seu pronunciamento, a diretora da ESJUD, desembargadora Regina Ferrari, que também é coordenadora da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), responsável pelo programa, agradeceu aos participantes e destacou sobre esforço, foco e oportunidades.
“O programa Radioativo é um novo caminho com perspectivas. Esses jovens já aprenderam bastante durantes esses quase cinco meses tendo essa vivência nas instituições em que estão fazendo estágio. Agradeço as equipes de supervisores e técnicos que estão acompanhando esses jovens e possibilitando dias melhores a todos. Tivemos que lutar para vencer na vida e isso aconteceu pela busca da aprendizagem”, disse.
O Programa Radioativo é um projeto a partir de um convênio com o TJAC com a FIEAC. Nesse convênio com a disponibilização de recursos da Assembleia Legislativa, o TJAC conseguiu incluir 35 jovens no programa, esses jovens, todos eles são de vulnerabilidade social. Os jovens foram divididos ara estagiarem no TJAC, na FIEAC e na Defensoria Público do Estado do Acre.
A subdefensora-geral, Roberta Caminha, esteve presente no evento de encerramento das atividades de 2022 e salientou sobre a alegria com a afinidade no programa Radioativo.
“Essa iniciativa é louvável. É um projeto que desperta inclusão e potencializa educação. A DPE, além do compromisso com a sociedade e tantas outras missões, somos educadores do direito. Somos agentes de transformação social. Estamos com sete estagiários e é um aprendizado constante não apenas para eles, mas para quem supervisiona”, ressaltou.
A juiz-auxiliar da Presidência, juíza Andrea Brito, abordou sobre desafios e enfatizou que o programa está alinhado com a diretrizes da Recomendação do Conselho Nacional de Justiça n° 61/2020, a qual recomenda aos tribunais brasileiros a implementação de programas de aprendizagem voltados à formação técnico-profissional metódica de adolescentes e jovens, a partir dos 14 anos, na forma dos artigos 428 a 433 da Consolidação das Leis do Trabalho.
A supervisora Carine Costa Gonçalves explicou que os jovens são egressos do sistema socioeducativo. “Jovens que estão cumprindo medidas socioeducativas, seja medida de semiliberdade seja medida socioeducativa em meio aberto, temos jovens que estão sendo acompanhados pela 2° Vara da Infância em processos de medida de proteção, temos jovens que estão abrigados e temos jovens também que fazem parte do Programa Amigos Solidários. Todos eles, independentemente da particularidade da situação de cada um, mas todos são jovens em situação de vulnerabilidade”, disse.
Ela acrescentou que os jovens foram contratados como jovens aprendizes pela FIEAC e são remunerados. Todos fazem um curso profissionalizante no SENAI, que é um curso de operador de computador. Por dois meses, eles tiveram parte teórica e já estão na parte prática, que é o estágio que está sendo feito no TJAC, na Defensoria Pública e na FIEAC. Segundo a supervisora, os jovens são acompanhados por equipes técnicas desde quando foram indicados para o estágio.
“A ideia nossa era iniciar com os 35 e finalizar com os 35 jovens, mas, infelizmente, a gente teve a evasão de alguns jovens. Por algumas situações nós não conseguimos mantê-los no programa. A gente tem um jovem que estamos tentando resgatar, está apresentando algumas dificuldades, mas a gente está fazendo todo um esforço para não deixar esse jovem desistir. A nossa ideia, a nossa proposta, é acompanhar a todos eles para cumprirem todas as atividades e, ao final, saírem devidamente certificados, tanto do curso profissionalizante do SENAI quanto dessas atividades práticas”, acrescentou.
A ideia dessas atividades práticas, segundo a supervisora, é que os jovens possam vivenciar como que funciona um ambiente de trabalho. “Estão adquirindo todo um conteúdo que vai fazer com que eles tenham, futuramente, mais bagagem para concorrerem com outros e possam ser incluídos no mercado de trabalho normalmente”, finalizou.
Deivid Conceição, de 17 anos, é um dos estagiários. Ele está colaborando na Esjud com escaneamento de fotos. “Gosto muito da atividade que estou executando aqui. Tenho aprendido bastante e é uma experiência que vou levar para o resto da vida”, disse.