A vítima tinha 23 anos de idade, à epoca dos fatos e era estudante de Odontologia
Um julgamento emblemático inaugurou o cronograma do ano de 2023 da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco: nesta terça-feira, 24, a pauta foi o “Caso Rafael Frota”. Sentou no banco dos réus o policial federal Victor Campelo, acusado de matar o jovem a tiros no interior de uma boate. Devido à grande repercussão do crime, o plenário estava totalmente preenchido com acadêmicos de Direito e com a imprensa local.
Seguindo os ritos do Júri Popular, a primeira testemunha inscrita pelo Ministério Público respondeu perguntas sobre a sequência de fatos ocorridos na boate. Logo em seguida, foi ouvida a mãe da vítima, a primeira pessoa que a vítima tentou pedir socorro. Ela contou que foi acordada por alguns conhecidos bateram à sua porta para contar que seu filho tinha sido alvejado. Haviam 16 ligações perdidas. Rafael faleceu antes que a mãe chegasse ao Pronto de Socorro. “Meu filho foi assassinado e até hoje meu coração está vazio”, declarou.
A manhã se encerrou com a oitiva da primeira testemunha da defesa, o delegado da Polícia Civil Rodrigo Comaru, autoridade que presidiu a investigação. Ele apresentou informações obtidas nos interrogatórios, também falou sobre a compreensão obtida a partir da reprodução simulada do crime e da perícia. Deste modo, respondeu às perguntas do juiz Alesson Braz, do promotor de Justiça Teotônio Rodrigues, advogados da defesa e dos jurados.
As testemunhas que participaram no período vespertino foram: uma ex-namorada do policial federal, um escrivão de polícia, um conhecido da vítima, que também foi alvejado na noite do crime, e, o delegado-geral da Polícia Federal, na época dos fatos. Neste primeiro dia foram quase 10h de julgamento.
Na manhã desta quarta-feira, 24, será dada continuidade a oitiva de testemunhas, seguindo com manifestação do Ministério Público, defesa e oitiva do réu.