Ação do Movimento das Mulheres Camponesas do Acre visa estimular a preservação ambiental e fortalecer a produção rural das mulheres camponesas, por meio da agricultura familiar, sustentável e orgânica
O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv), participou no sábado, 11, do lançamento da campanha “Sementes da Resistência”, realizado no Bujari pelo Movimento de Mulheres Camponesas no Acre e pelo Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim/AC).
A desembargadora Eva Evangelista, coordenadora da Comsiv, participou do evento junto com outras autoridades estaduais. A magistrada do Judiciário estadual relatou o trabalho feito pela Justiça para proteção das mulheres e de promoção da igualdade de gênero.
A presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher e do Movimento de Mulheres Camponesas, Geovana Castelo Branco, discorreu sobre o significado da campanha. Sementes da Resistência é uma ação nacional para estabelecer mecanismos de resistências contra o desmonte das políticas públicas que atendiam os pequenos produtores e também para fortalecer as mulheres produtoras rurais, assim como, estimular a preservação do meio ambiente com a produção da agricultura sustentável, familiar e orgânica.
“Essa campanha é uma forma de mostrar que estamos resistindo. Resistindo todo esse processo de perca das políticas para mulheres que ocorreu, de retrocesso com relação a nossa produção. A gente precisa novamente fortalecer a agricultura familiar, agricultura camponesa, agricultura orgânica e porque nós resistimos, porque nós somos o contrário do que o agro faz. Nós preservamos, preservamos a vida, a terra, o ar, a floresta, a semente crioula. Por isso, o nome da campanha, porque nós resistimos a todo esse processo de desconstrução do meio ambiente”, comentou Castelo.
Para a presidente do Cedim a participação da desembargadora Eva representando o Tribunal de Justiça é importante para gerar esperanças no Movimento de Mulheres Camponeses quanto ao acesso e garantia dos direitos. “É uma importância muito grande para que a instituição veja a dificuldade dessas mulheres. A desembargadora Eva nos traz a esperança que essas políticas possam realmente alcançar as mulheres do movimento camponês”.