“Eu tenho o orgulho de pertencer e quero continuar com esse brilho até o último dia, acreditando e compreendendo que o Poder Judiciário pode fazer o diferencial na vida das pessoas”, disse a decana
A decana da Corte acreana, desembargadora Eva Evangelista, foi homenageada no 55º Encontro do Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura (Copedem) na última quinta-feira, 30.
O presidente do Copedem, desembargador Marco Villas Boas, outorgou a Medalha Mérito Acadêmico Desembargador Antônio Rulli Júnior e o respectivo diploma ao desembargador Mário Albiani Júnior, a desembargadora Eva Evangelista e ao juiz Rosalvo Augusto Vieira.
A desembargadora se emocionou com a comenda. “Essa homenagem é extraordinária e ela representa muito para mim ao final da minha carreira, pois estive entre os fundadores do Copedem no ano de 2005, por isso esse momento toca meu coração”.
Na solenidade de abertura, o presidente do TJBA, desembargador Nilson Branco, destacou a relevância das escolas judiciais e de magistratura para a promoção por merecimento dos juízes e a atribuição do Copedem em unir essas essas escolas para uniformização das atividades didáticas, autonomia ética, inteligência emocional e desenvolvimento de novas competências.
Neste ano, o congresso teve como tema “O Papel das Escolas Híbridas na Transformação Digital do Poder Judiciário” e foi realizado no auditório Desembargadora Olny Silva, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA). A programação se encerra nesta sexta-feira, dia 31, quando a desembargadora será debatedora do painel “Justiça 4.0”, apresentado pelo doutor Ivan Lindenberg do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
A oportunidade serviu para a reflexão do contexto social do Judiciário Brasileiro, elencando os desafios atuais e como a transformação digital se integra nesse panorama. O ministrante abordou temas como inteligência artificial, governança, cooperação e convergência de esforços.
A desembargadora acreana fez reflexões sobre suas vivências acumuladas em 47 anos de magistratura. Assim, falou sobre inclusão ao chamar atenção para a realidade do Região Norte, destacando suas particularidades de acesso, falta de sinal e pobreza, ilustrando essa realidade com a alagação que está ocorrendo no Acre.
Falou sobre o Projeto Cidadão, ação social da qual é coordenadora e que em cada edição vai de encontro às necessidades de uma parcela da população que sobrevive em extrema vulnerabilidade, “não tem como se esperar que tenham um smartphone para usar um aplicativo e ter acesso à Justiça. Não somos eficientes se quem precisa da Justiça for excluído”.