Ação conjunta, com representantes de cada instituição, pretende promover visitação às escolas do bairro Cidade do Povo, além de implementar atividade extracurriculares na grande escolar.
O cenário de conflito nas unidades escolares reacendeu o debate sobre a importância de intensificar o fomento da cultura de paz nas escolas. E é o que tem feito o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) através do Comitê Interinstitucional de Enfrentamento à Violência nas Escolas que, na tarde desta quinta-feira, 25, executou nova reunião para mais um passo na missão de solidificar a paz nas unidades de ensino voltadas ao público de colegial de áreas mais vulneráveis.
Para a presidente do TJAC, desembargadora Regina Ferrari, é um momento de unir esforços, entre as instituições, para fortalecer as ações preventivas.
“Mais do que nunca nós precisamos educar nossos adolescentes para a paz. A sala de aula deve ser um lugar de acolhimento para superar a realidade de violência e de desamor que estamos enfrentando no mundo. Com a união de todas as instituições desse comitê, iremos ganhar frutos, pois nossos jovens são o nosso futuro”, disse.
Representantes da Polícia Federal, Ministério Público do Estado do Acre, Instituto Federal do Acre, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Acre, Assembleia Legislativa do Acre, Governo do Acre por meio das secretarias de Segurança e Educação, Polícia Civil, Prefeitura de Rio Branco por meio das secretarias de Educação e Saúde foram alguns dos participantes desta terceira reunião do comitê.
A coordenadora da Infância e Juventude do TJAC, desembargadora Waldirene Cordeiro, salientou que o comitê separará todas as ações sociais voltas às unidades escolares, por instituição, para cada um ser levado às escolas nos próximos dias.
Outra ideia discutida na reunião é uma ação conjunta, com representantes de cada instituição, para visitação às escolas do bairro Cidade do Povo, além de implementar atividade extracurriculares na grande escolar.
Para além das atividades-fim de cada instituição, os representantes compartilharam as dificuldades enfrentadas para atividades esportivas em decorrência de quadras/campos, em sua maioria, estarem deteriorados nos bairros.
Comitê
O Comitê Interinstitucional de Enfrentamento à Violência nas Escolas foi idealizado na segunda semana de abril, pelo próprio tribunal, em consequência dos atentados ocorridos no país contra escolas nos últimos meses.
Portanto, para estabelecer ações permanentes de combate e prevenção a esse tipo de problema, a desembargadora-presidente convidou representantes de diversas instituições públicas para dialogar sobre o assunto, e juntos aceitaram a missão de criar o comitê.
Este ano de 2023 foi instituído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como o ano da Justiça Restaurativa, assim todos os projetos (e novas ações que poderão ser executadas a partir desse comitê) dialogam com essa política judiciária, que também busca promover a pacificação social e proteger as crianças e adolescentes.