A expectativa é que os dados sobre a composição do Judiciário sejam atualizados, de forma a conhecer como operam as instituições focadas em ampliar e melhorar a Justiça do país.
O último dia para a participação no 2º Censo do Poder Judiciário é nesta sexta-feira, 30. O levantamento, voltado para os mais de 290 mil magistradas, magistrados, servidores e servidoras, pretende conhecer quem são os profissionais que atuam nos tribunais e conselhos de todo o país e vai mapear a realidade do dia a dia da Justiça. Realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a pesquisa vai orientar ações que permitam melhorar as condições de trabalho e a prestação de serviços à população.
Estão disponíveis dois questionários distintos: um para membros da magistratura e outro para servidores e servidoras. O preenchimento é individual, sigiloso e leva entre cinco e dez minutos. Para juízes e juízas, são 63 perguntas, enquanto servidores lidarão com 48 perguntas – ambos formulários são de questões objetivas, de múltipla escolha. O sigilo das informações e o cumprimento da Lei n. 13.709/2018 (Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD) estão garantidos. Até o momento, quase 70 mil pessoas enviaram respostas.
Os dados ajudarão a traçar o perfil atual da magistratura brasileira, com perguntas sobre raça, etnia e gênero, além de questões que abordam deficiências físicas e psicossociais, religião, nível de escolaridade de pai e mãe, orientação sexual, identidade de gênero, saúde mental, assédio moral e violência doméstica. Esses são assuntos tratados pelo CNJ por meio de políticas judiciárias.
No levantamento voltado aos servidores e servidoras, buscam-se informações sobre o local em que o participante atua, os dados funcionais, de formação escolar e pessoais. O objetivo é, por exemplo, quantificar e adequar o atendimento às cotas para pessoas com deficiência e étnico-racial. Também se pretende identificar o grau de satisfação do respondente com sua experiência profissional, relacionamento com colegas e superiores, além da sua opinião sobre a efetividade do trabalho que desempenha. Questões sobre saúde física e mental, assédio, discriminação, perseguição ou violência doméstica também fazem parte do formulário.
O 1º Censo do Judiciário foi realizado há dez anos, contou com a adesão de 64% dos magistrados e 60% dos servidores do Poder Judiciário, e teve diversas prorrogações de prazo para respostas, o que, agora, não sucederá. A expectativa é que os dados sobre a composição do Judiciário sejam atualizados, de forma a conhecer como operam as instituições focadas em ampliar e melhorar a Justiça do país.