O celebrante, o juiz Edinaldo Muniz, falou sobre o respeito que os casais devem ter um para com o outro e pontuou sobre resiliência, compromisso, parceria e amor
Após um dia inteiro de ação social, a comunidade do bairro Calafate pôde prestigiar a cerimônia do Casamento Coletivo que reuniu mais de 50 casais na quadra de esportes da Praça Raimundo Melo. A cerimônia marcou o fechamento da edição do Projeto Cidadão que ocorreu na Escola Henrique Lima.
Celebrada pelo juiz Edinaldo Muniz, titular da Vara de Registros Públicos, Órfãos e Sucessões e de Cartas Precatórias Cíveis da Comarca de Rio Branco, a cerimônia contou ainda com a participação da presidente do Tribunal de Justiça do Acre, desembargadora Regina Ferrari; da coordenadora do Projeto Cidadão, Eva Evangelista; do promotor de Justiça Dayan Alburquerque; do presidente da Associação de moradores da regional do Calafate, Hudson Rodrigues; do diretor do Instituto de Identificação da Polícia Civil, Júnior César; do delegatário Fredy Pinheiro, do Cartório do 3º Tabelionato de Notas e 3º Ofício do Registro Civil das Pessoas Naturais da Comarca de Rio Branco.
Na abertura da cerimônia, a coordenadora Eva Evangelista agradeceu as parcerias e disse que o evento para ser realizado conta com uma grande preparação.
“São muitas as parcerias. É uma grande rede que coopera no sentido para prestar a cidadania. São 28 anos de Projeto Cidadão e estamos muito felizes em poder realizar mais uma cerimônia. É uma satisfação do Poder Judiciário estar participando desse grande momento na vida dos casais”, disse.
Logo depois, a desembargadora-presidente enfatizou que o bairro Calafate, assim como muitas outras comunidades, apresenta desafios e demandas específicas. “É nosso dever buscar maneiras de atender às necessidades de cada cidadão, independentemente de sua localização geográfica ou condição social.
Ela diz ainda que a justiça começa no lar, no relacionamento entre dois seres humanos por ser filha da bondade e a bondade ser fruto da parceria, do testemunho do dia-a-dia.
“Ainda que tenhamos problemas, que possamos priorizar o diálogo, o amor, o entendimento, a generosidade. Tão raros hoje em dia. Pensem que no dia de hoje admitirão uma união que podem ser levados para toda uma vida”, ressaltou.
Cerimônia
Como tradição, ficam a frente, o casal mais jovem dos inscritos, e o mais experiente. Eles representam os demais casais de suas faixas etárias mostrando que para selar a união não importa a idade, mas o comprometimento e o amor.
Irlan Lima e Yasmin Costa, ambos de 20 anos, já moram juntos e aproveitaram a ação no bairro Calafate para oficiar a união. Para eles, foi uma grande oportunidade.
Já o casal Raimundo Nonato, de 83 anos de idade, e Maria de Fritas, de 60 anos, são casados há 45 anos. Moradores de sempre do bairro Calafate, eles dizem que a decisão de oficializar a união demorou, mas que perceberam ser agora o momento.
O celebrante, o juiz Edinaldo Muniz, falou sobre o respeito que os casais devem ter um para com o outro e pontuou sobre resiliência, compromisso, parceria e amor.
O momento mais aguardado da solenidade foi o voto matrimonial, ocasião em que os nubentes responderam com um “sim” coletivo, aceitando publicamente a união voluntária, nas condições sancionadas pelo direito.