Promover a capacitação e o aprimoramento técnico dos agentes de Polícia Judicial para o desempenho das atividades interventivas de APH Policial (Protocolo MARC-1), conforme padronizado pelo Comitê Brasileiro de APH de Combate, e adotado pelos instrutores homologados. Com esse objetivo, a Escola do Poder Judiciário do Acre (Esjud) promoveu nessa quinta-feira (24) e nesta sexta-feira (25) uma formação sobre “Atendimento Pré-Hospitalar (APH)”.
Realizado todo em modalidade presencial, o curso inédito teve como público-alvo prioritário servidoras(es) do Poder Judiciário do Acre atuantes como agentes da Polícia Judicial. Já o público-alvo remanescente foram militares que atuam na Instituição.
“Assino embaixo, fiquei muito feliz quando recebi a proposta desta formação. Nós que atuamos na área policial não temos esse hábito de buscarmos cursos, nos qualificarmos; muitas vezes, só vamos quando obrigados, o que precisa ser mudado. De grande importância esse tema, pois com esse conhecimento poderemos salvar a vida de um colega. Aproveitem bastante, pois será bem produtivo”, declarou durante a abertura do evento a tenente-coronel Alexsandra Ramos, assessora-chefe militar do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC).
Com carga horária de 16 h/a, a agenda alcançou dezenas de profissionais que atuam no setor de segurança da Instituição. Um dos instrutores da agenda, o capitão Aguiar frisou que a ideia é que os agentes possam ampliar o horizonte de possibilidades de atuação preventiva, e minimizar os erros em ocasiões que exijam participação ativa para socorros emergenciais.
Adhervanio Teixeira, também instrutor, agradeceu aos participantes por prestigiarem a capacitação. Explicou que, embora nascido em guerras, o APH tem salvado inúmeras vidas além desse contexto. Nesse sentido, segundo ele, “sem perder de vista o atendimento pré-hospitalar, empregado por socorristas e brigadistas, “o APH tático também considera contextos únicos e diferenciados da atividade policial”.
Teoria e prática
Os conteúdos teóricos possibilitaram ao operador de segurança pública do âmbito estadual a aquisição de conhecimentos técnicos, culturais, científicos e específicos das atividades policiais, tendo como dimensão o saber fazer e o querer fazer, como eixo metodológico e com enfoque nos Direitos Humanos, na Ética e na Cidadania. Não menos importante, desenvolver a capacidade de resolver com competência os problemas decorrentes das situações adversas de forma individual e coletiva.
Também proporcionar conhecimentos necessários para que o agente de Polícia Judicial adquira habilidades no trato com atendimento emergencial pré-hospitalar e que saiba distinguir o momento e quais procedimentos poderá usar para a preservação da vida.
As atividades desta sexta-feira acontecerem no auditório da Esjud, e também na parte externa do Órgão de Ensino, com a prática dos ensinamentos teóricos, oficinas, treinamentos, como também aplicação das técnicas de socorro e salvamento.
Avaliação
Para a agente da Polícia Judicial Maria Cidima, o curso assume um viés educativo e, ao mesmo tempo, de “bastante utilidade”. “Extremamente gratificante. Aprendemos a primeiramente ter habilidades para salvar a nossa vida, em situações necessárias, depois das outras pessoas; como agir diante de uma ocorrência como colisão, uso de arma de fogo, acidentes, já que o dia a dia é imprevisível. Também a ter autocontrole, não deixar que o caos tome conta”, explicou.
Ítalo Graebner, também da Polícia Judicial, analisou que o maior fruto da agenda foi poder levar o conhecimento apreendido para além do trabalho. “Podemos utilizar essas ferramentas para a nossa família, nas relações sociais, a exemplo de acidentes domésticos; socorrer aquelas pessoas a quem amamos, ou de que somos próximos”, disse.
O que é
O APH Tático consiste no conjunto de procedimentos emergenciais aplicados com vistas à minimização do trauma e de seus efeitos fisiopatológicos. Compreende a execução de manobras técnicas específicas a feridos com risco de morte iminente, e baseia-se em conhecimentos técnicos de suporte de vida realizados por profissionais da área policial, visando ao socorro próprio ou de outro operador ferido no ambiente operacional, bem como em treinamentos, ou em localidades que inviabilizem ou dificultem demasiadamente o atendimento por profissionais de saúde em tempo hábil. Dessa maneira, a formação se propôs a promover a capacitação e aprimoramento técnico dos operadores para o desempenho das atividades interventivas.