O júri, presidido pelo juiz de Direito Alesson Braz, está previsto para encerrar na quinta-feira, 10.
Iniciou nesta segunda-feira, 7, o júri popular de seis brasileiros acusados de matar uma família boliviana. O julgamento acontece na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar da Comarca de Rio Branco, localizada no Fórum Criminal da Cidade da Justiça.
Até o momento, estão agendadas 12 testemunhas, sendo cinco do Ministério Público e sete de defesa, para serem ouvidas durante todo o julgamento, além do interrogatório dos réus. O júri, presidido pelo juiz de Direito Alesson Braz, está previsto para encerrar na quinta-feira, 10.
O crime ocorreu no dia 13 de setembro de 2020, na BR 364, Ramal do Pelé, zona rural boliviana, na região de fronteira com o Acre. Os seis acusados estão no banco de réus para que os jurados decidam se eles devem ser condenados pela morte de uma mulher boliviana e dois filhos após outra filha dela, na época com 14 anos, ter sido estuprada.
O pai da adolescente foi o primeiro a ser ouvido nesta segunda-feira.
Entenda o caso
De acordo com os autos, o pai da adolescente que foi estuprada, serrava madeira e contratou algumas pessoas para ajudarem no serviço, e uma delas, descobriu que a família guardava R$ 20 mil e $d 10 mil bolivianos. A mãe da adolescente trabalhava com mercadorias.
Cedo da manhã, sob ameaça, um deles abusou da adolescente. Quando os pais da adolescente souberam, amarraram o abusador em um tronco de árvore e o pai dela foi até o lado brasileiro para pedir ajuda da polícia para prendê-lo.
Ao perceber a situação, o outro acreano que estava no local correu até sua casa em solo brasileiro, e avisou que o parente estava preso na propriedade do boliviano e chamou os familiares para resgatar o suspeito de estupro.
Ao chegarem, pediram todo o dinheiro para a mãe da adolescente e também que soltasse o abusador, sob ameaça de matar a todos. Como o pedido não foi atendido, o grupo baleou a mãe e dois filhos. A adolescente também levou um tiro e se fez de morta. O pai da adolescente não foi morto porque estava em solo brasileiro a procura da polícia.
Os corpos foram jogados próximos a uma árvore, e a casa da família foi queimada.
Crimes
O júri popular irá analisar se os acusados cometeram crime de homicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menores. O crime de estupro de vulnerável não será analisado em razão do acusado, o pivô de toda confusão, ter sido assassinado em abril do ano passado