A responsabilidade social do Judiciário com a cidadania vai de encontro com as comunidades escolares
A Escola Municipal Nair Sombra sediou mais uma atividade do projeto “Cidadania e Justiça na Escola”, realizado pela Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC). O juiz de Direito substituto Bruno Perrota palestrou para duas turmas do período matutino e três turmas do período vespertino, alcançando cerca de 150 alunos na ação educativa.
Falar de cidadania para crianças foi uma tarefa fácil para o juiz da Vara Única de Capixaba, que já atuou como professor. “Foi muito especial e gratificante para mim enquanto magistrado, porque foi um retorno à sala de aula. Primeiramente, porque o contato com crianças e adolescentes me fez relembrar um pouco a infância e juventude, quando nós não tínhamos uma oportunidade dessas de encontrar com um representante do poder público tão de perto. E, serviu para relembrar o momento que eu passei como professor universitário. Agora como magistrado, estar próximo da comunidade vivifica a nossa sensibilidade frente as demandas que encontramos nos processos e firma nosso reconhecimento sobre a grande necessidade da proteção das crianças e adolescentes, a garantia da educação e dos direitos fundamentais”, disse o magistrado.
A experiência de estreia como voluntário do projeto social serviu para que o juiz reencontrasse uma criança que possui deficiência física e mental, que já foi atendida em uma audiência na Comarca. “Nesse segundo encontro com essa criança eu pude verificar que ela é muito bem acolhida pelos seus coleguinhas, conta com uma cuidadora específica, auxiliando no dia a dia dela. É um sentimento de humanidade, por isso eu saio revitalizado e com a certeza de que as demandas na Vara de Infância e Juventude recebem uma atenção singular pelo Poder Judiciário do Acre, tanto no julgamento, quanto por meio das ações empreendidas pela Coordenadoria da Infância e Juventude, que atualmente é liderada pela desembargadora Waldirene Cordeiro, mas que vem desde a gestão da desembargadora Regina Ferrrari cumprindo com o compromisso de garantir direitos aos vulneráveis do nosso estado”, compartilhou Perrota.
As leis e organização do Estado foram apresentadas de uma forma simplificada para que o conhecimento se aproximasse da realidade, para melhor compreensão dos alunos, ou seja, visualizando exemplos locais de ações da prefeitura, ou compreendendo que se esforçar nos estudos também é uma forma de contribuir com a família e com a sociedade.
Assim, quando os alunos participavam com perguntas ou exemplos foi possível perceber a assimilação e aprendizado. A proposta do projeto reside justamente em fornecer informações sobre os direitos e deveres para o aprimoramento da formação dos estudantes.
A diretora da escola, Hosana Carvalho, organizou toda a mobilização para que essa agenda fosse possível, contando ainda com o apoio dos professores do 5º Ano: Fred Santos, Edson Menezes e Sara de Lima. Todos eles incluíram em seu planejamento pedagógico os conteúdos da cartilha, que foi distribuída pelo projeto.
O professor das turmas do 5º Ano B e D notou que o diálogo ampliou as possibilidades de aprendizagem das crianças. Já o aluno Marcos Nascimento construiu reflexões sobre suas perspectivas de futuro. Veja o que eles redigiram:
