Atividade discutiu o avanço das tecnologias, como inteligência artificial, e temas de interesse comum das escolas da magistratura do País.
A Escola do Poder Judiciário do Acre (Esjud) participou do LVI Encontro do Colégio Permanente dos Diretores das Escolas Estaduais da Magistratura (Copedem), realizado entre os dias 28 e 29 de setembro em Florianópolis–SC, com o tema “Neurodireito e Inovação Responsável”. Além do Copedem, a atividade também foi promovida pela Academia Judicial do Poder Judiciário de Santa Catarina e pela Escola Superior da Magistratura do Estado de Santa Catarina (Esmesc).
As discussões abordaram, principalmente, os avanços da Inteligência Artificial (IA), não como substituição da humanidade, porém como aliada na geração de conhecimentos e no aperfeiçoamento dos serviços públicos, além dos procedimentos internos e das rotinas de trabalho no âmbito da Justiça.
Durante esses dois dias, o Encontro do Copedem aprofundou a discussão sobre os avanços de tecnologias, incluindo a inteligência artificial, e temas de interesse comum das escolas da magistratura do Brasil.
João Thaumaturgo Neto, gerente de Administração de Ensino (Geade) representou a Esjud no evento. Segundo ele, a agenda se torna relevante porque permite “trazer ao debate temáticas como a tecnologia e a inovação e, especialmente, de que forma podem ser utilizadas favoravelmente aos tribunais.
O evento
Sem perder de vista a proteção dos Direitos Humanos, o evento trouxe à reflexão como é possível garantir o desenvolvimento ético da neurotecnologia.
O LVI Encontro ocorreu na Sala de Sessões Ministro Teori Zavascki, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
“Já no ano passado, feitas as tratativas iniciais, passamos a tratar da concepção e do desenvolvimento desse encontro, no qual poderemos conversar sobre temas importantes para a formação dos magistrados brasileiros e seu aprimoramento profissional”, lembrou o diretor-executivo da Academia Judicial, desembargador Luiz Fornerolli, ao saudar os participantes do congraçamento.
O presidente do Copedem, desembargador Marco Villas Boas (Escola Superior da Magistratura Tocantinense), assinalou que o tema se torna ainda mais especial em virtude do contexto pós-pandêmico. “Hoje já temos ao dispor todos os recursos tecnológicos para proporcionar melhorias na qualidade da gestão de processos, e até pesquisas para a produção de decisões judiciais. A inteligência artificial ganhou notoriedade e larga utilização em todas as instituições”, disse.
O presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), desembargador João Henrique Blasi, saudou os presentes destacando o convênio firmado há dois meses entre o Judiciário catarinense e a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate). “É um convênio muito simples, em que nós apresentamos os desafios que a demanda do cotidiano nos impõe, e a Acate então nos apresenta as respostas possíveis para aqueles desafios, identificando as startups que podem desenvolver aquele trabalho. Palavras como inovação, inteligência artificial e robôs são palavras a cada dia mais introjetadas na nossa atividade”, complementou.
A seguir, ocorreu a entrega da medalha de mérito acadêmico “Desembargador Antonio Rulli Junior”, concedida pelo Copedem a personalidades por sua contribuição para a construção do conhecimento, incentivo às boas práticas e dedicação acadêmica e profissional à ciência jurídica, questões de políticas sociais e de desenvolvimento do cidadão e do Poder Judiciário.
Carta
Ao final da atividade, houve a assinatura da Carta de Florianópolis (veja íntegra aqui). O documento levantou a discussão de que a evolução tecnológica passa por seis fases denominadas de 6Ds, que são a digitalização, decepção, disrupção, desmonetização, desmaterialização e democratização.
(Com a colaboração da Assessoria de Comunicação do Copedem)