Formação serve para aperfeiçoar o trabalho realizado junto aos grupos reflexivos com autores de violência doméstica, que tem um papel fundamental no enfrentamento a esses crimes
Dando continuidade na ampliação do trabalho de combate e enfrentamento à violência doméstica e familiar contra à mulher, equipe do Poder Judiciário do Acre realizou formação de multiplicadores e facilitadores de grupos reflexivos de autores desses crimes, na Cidade da Justiça, em Cruzeiro do Sul, na última quarta-feira, 18.
A cidade é a terceira a receber essa capacitação, que é uma iniciativa do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv). Mas, no município ainda teve o apoio da prefeitura, com sua Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulheres (CPPM) e da Central Integrada de Alternativas Penais (Ciap).
O curso contou com o suporte técnico dos facilitadores da Justiça estadual, o pedagogo Fredson Pinheiro e a assistente social Mirlene Taumaturgo. Os servidores orientaram a dinâmica da formação, que foi voltada para duas equipes, uma da Ciap e outra da CPPM.
A juíza de Direito Caroline Bragança, titular da Vara de Proteção à Mulher e Execuções Penais da Comarca de Cruzeiro do Sul, falou sobre o impacto positivo que ações educativas exercem para evitar a reincidência. “Os grupos reflexivos para autores de violência doméstica contra à mulher são fundamentais para o processo de reflexão sobre a violência e os nefastos efeitos dela, tanto naquele que a pratica quanto nas vítimas, de modo a propiciar autorresponsabilidade nos autores e a reconstrução de comportamentos que levem a relações saudáveis, com o rompimento de ciclos de violência e o desenvolvimento de respeito a si e ao outro, buscando-se, além da responsabilização, a prevenção”.
Para coordenadora da Central Integrada, Nayana Neves, a atividade refletirá na melhoria dos atendimentos. “A capacitação dos servidores é de extrema valia para que possamos executar com eficiência e eficácia as nossas funções, e assim atender as particularidades de cada pessoa assistida, tendo em vista que o atendimento humanizado é primordial para a promoção da ressocialização, conscientização e cultura da paz”.
Já a coordenadora de Política Pública para Mulheres da cidade, Maria Sarah, observou que os grupos reflexivos desempenham um papel primordial no combate à violência doméstica, ao tratar os autores desses crimes. “O objetivo principal de trabalhar e promover a prevenção é reduzir a violência doméstica e eventuais conflitos, monitorar e oferecer uma melhor qualidade de vida as famílias”.